Pessoa física: entenda como funciona e sua relevância para o mercado financeiro

Author
Publicado em 28/02/2025 às 06:43h - Atualizado 8 dias atrás Publicado em 28/02/2025 às 06:43h Atualizado 8 dias atrás por João Henrique Possas
Aqui você vai ter toda as informações possíveis sobre pessoa física! Fonte: Shutterstock.
Aqui você vai ter toda as informações possíveis sobre pessoa física! Fonte: Shutterstock.

A expressão pessoa física se refere ao indivíduo enquanto cidadão, com direitos e deveres reconhecidos pela legislação brasileira.

A seguir, surge uma análise abrangente sobre as características da pessoa física, em contraste com pessoa jurídica, com destaque para os procedimentos de registro, responsabilidades fiscais e a importância de se organizar financeiramente. Vamos lá?

A origem legal e a função da pessoa física

Saiba como tudo se originou. Fonte: Shutterstock.

A base para compreender a pessoa física está no próprio conceito de indivíduo que se forma a partir do nascimento.

Nos termos legais, qualquer ser humano passa a ser dono de direitos e deveres, desde o momento em que recebe uma certidão de nascimento. Logo, é alguém reconhecido pelo Estado.

Documentos iniciais e relevância para a identificação

  • Certidão de nascimento: A partir dela, o bebê passa a ter reconhecimento oficial. Mesmo sem CPF, ainda assim já se enquadra como pessoa física.
  • RG: O chamado Registro Geral. Esse documento auxilia na identificação ao longo da vida, podendo ser emitido para qualquer idade.
  • CPF (Cadastro de Pessoas Físicas): Emite-se pela Receita Federal e permite que o cidadão abra conta bancária, se inscreva em vestibulares ou adquira bens que exijam um registro formal.

O peso do CPF no mercado financeiro

O CPF representa muito mais que um simples número.

Ele se transforma em algo crucial para quem participa de movimentos no mercado de ações, solicita crédito ou planeja investimentos em geral.

Em 2025, há uma tendência de cada vez mais transações digitais conectadas ao CPF, inclusive para comprovação de identidade em fintechs e exchanges.

Isso coloca esse documento como item indispensável para qualquer transação que envolva ativos ou contas em instituições financeiras.

Pessoa física e pessoa jurídica

A comparação entre pessoa física e pessoa jurídica é a forma mais clara de entender onde cada uma se encaixa.

Enquanto a primeira se refere ao indivíduo, a segunda envolve empresas, associações, fundações e demais entidades que contam com CNPJ.

Direitos e deveres distintos

Pessoa física:

  • Direito ao voto.
  • Possibilidade de se candidatar a cargos públicos.
  • Responsabilidade pessoal em contratos e eventuais dívidas, sempre vinculada ao próprio CPF.

Pessoa jurídica:

  • Direitos exclusivos, como uso de um nome empresarial e logotipos.
  • Contratos como fornecedor de bens ou serviços.
  • Responsabilidade legal como empresa e obrigações tributárias específicas.

Obrigações fiscais e tributos

A pessoa física paga impostos no dia a dia, como em compras de bens de consumo, mas também aqueles associados a propriedades ou transferências.

Um exemplo notório é o IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física).

Sem contar taxas como IPTU, ITBI, ITCMD, IOF e IPVA, que variam conforme a posse de imóvel ou veículo.

Já a pessoa jurídica costuma lidar com outras incidências fiscais, de acordo com seu regime de tributação e área de atividade.

Emissão de notas fiscais por pessoa física

O mais comum é associar nota fiscal a empresas com CNPJ. Mas existem casos em que a pessoa física se regulariza junto à prefeitura para exercer serviços autônomos, permitindo a emissão de notas.

Profissionais como jardineiros, cuidadores de animais ou arquitetos independentes podem solicitar inscrição municipal para gerar esse tipo de documentação.

Em geral, é algo mais burocrático, mas garante formalização e facilita negociações, inclusive no mercado financeiro, quando se trata de comprovar renda para conseguir crédito.

Detalhes sobre tributação para pessoa física

É fundamental conhecer todos os tributos! Fonte: Shutterstock.

A pessoa física convive com várias modalidades de impostos, um cenário que impacta quem planeja investimentos.

Uma análise cuidadosa do fluxo de rendimentos permite melhores decisões de alocação, sem surpresas na hora de saldar tributos.

Quando há planejamento, o cidadão consegue atuar de maneira organizada, aproveitando deduções e evitando penalidades.

O Imposto de Renda da pessoa física (IRPF)

O IRPF é o principal tributo que o indivíduo declara, normalmente todos os anos, sobre salários, investimentos, rendimentos de aluguéis e outras fontes.

Em muitos casos, a correção da tabela tem sido pauta nos noticiários.

Em 2025, há discussões sobre possíveis atualizações nos valores de isenção, o que pode modificar a estratégia de cada contribuinte.

Quem investe em bolsa de valores, por exemplo, deve prestar contas dos ganhos de capital, recolhendo DARF quando necessário.

Pontos relevantes no IRPF

  • Declaração de valores obtidos em ações, fundos imobiliários ou renda fixa.
  • Necessidade de manter cálculos mensais em day trade, swing trade ou distribuição de proventos.
  • Aplicação de deduções (planos de saúde, educação, dependentes), influenciando o valor final a pagar ou a restituir.

IPTU, IPVA, ITCMD e outros

Há também outros tributos que recaem sobre a pessoa física, dependendo dos bens e operações.

O IPTU é cobrado anualmente de quem detém propriedade imobiliária. O IPVA incide sobre carros, motocicletas, caminhões e outros veículos.

Quem herda bens pode enfrentar o ITCMD. E transações financeiras, como empréstimos ou uso de cartão de crédito internacional, podem envolver IOF.

Cada imposto tem regras próprias, prazos e alíquotas, variando por região.

Organização de documentos e controle

  • Recibos de pagamentos.
  • Certificados de propriedade.
  • Extratos bancários.
  • Notas fiscais de compra e venda de veículos ou imóveis.

A disponibilidade dessas informações permite preencher declarações com menos risco de erro. Esse cuidado proporciona mais tranquilidade e evita pendências com a Receita Federal.

Nos próximos anos, a digitalização de boa parte desses serviços tende a agilizar a quitação das taxas e o próprio gerenciamento.

Relação entre MEI e pessoa física

A sigla MEI (Microempreendedor Individual) indica uma forma de formalizar atividades autônomas, sem a complexidade de uma empresa maior.

Apesar de contar com um CNPJ, o cidadão MEI ainda é, na essência, pessoa física. Isso acontece porque seu patrimônio e o do negócio não apresentam separação legal tão forte quanto em outras modalidades.

Essa opção é uma porta de entrada para quem deseja atuar de forma oficial, com benefícios de contribuição previdenciária.

Vantagens do MEI para quem começa

  • CNPJ para emitir notas fiscais.
  • Regime simplificado de impostos.
  • Gastos fixos mensais reduzidos.
  • Acesso facilitado a linhas de crédito específicas.

Limites de faturamento e outras regras

O MEI tem um teto de receitas anuais que não pode ser ultrapassado. A soma de valores recebidos tem que respeitar um limite, atualizado periodicamente.

Em geral, quem vai além disso precisa migrar para outros tipos de empresa, como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Responsabilidade e obrigações

O microempreendedor individual lida com obrigações fiscais simples, como o pagamento mensal de um boleto que unifica tributos.

Porém, em eventuais processos de dívidas, o patrimônio pessoal pode ser comprometido.

O alerta é ficar atento a essa particularidade, especialmente ao buscar investimentos ou contrair financiamentos maiores.

Caminho para sair da pessoa física e se tornar pessoa jurídica

Para abrir um negócio, é necessário ter conhecimento sobre em qual porte ele se enquadra. Fonte: Shutterstock.

Muitos profissionais optam por abrir um CNPJ com o intuito de estruturar suas atividades, seja para prestar serviços, seja para comercializar produtos.

Esse passo envolve estudo sobre portes de empresa, regimes tributários e a natureza jurídica.

Quem trabalha com o mercado financeiro, por exemplo, pode ter benefícios fiscais ou negociações que exijam uma organização empresarial.

Definindo o porte da empresa

Existem classificações de porte baseadas no faturamento:

  • MEI: até um valor limitado por ano.
  • Microempresa (ME): receita anual até determinado teto.
  • Empresa de Pequeno Porte (EPP): faturamento acima do limite da ME e abaixo de outro valor estipulado.
  • Empresa de médio porte e grande porte, quando os números de receita anual ultrapassam faixas mais modestas.

Essa definição afeta a carga tributária, o modelo de contabilidade e o formato de gestão.

Natureza jurídica

  • Empresário Individual: o titular exerce atividade em nome próprio, mas assume todos os riscos com seu patrimônio.
  • Sociedade Limitada (LTDA): existe distinção entre patrimônio pessoal e o da sociedade, com divisão de cotas entre sócios.
  • Sociedade Anônima (S.A.): estrutura mais complexa, geralmente envolve acionistas e distribuição de ações. Alguns investidores usam esse formato para acessar o mercado de capitais.

Regime tributário

O regime tributário define como impostos são recolhidos:

  • Simples Nacional: unifica tributos, com alíquotas progressivas conforme a receita bruta.
  • Lucro Presumido: define uma margem de lucro para cálculo do Imposto de Renda e demais contribuições.
  • Lucro Real: apuração com base no lucro efetivo da empresa, adequado para segmentos com margens de rentabilidade voláteis.

Documentação essencial

Um ponto decisivo para abrir o CNPJ é o Contrato Social, que contém informações sobre sócios, capital social, atividades e endereço da sede.

Em seguida, esse arquivo passa pela Junta Comercial. Em alguns casos, há etapas extras na prefeitura e no estado.

  • Documento de identidade e CPF dos sócios.
  • Comprovante de residência.
  • IPTU do local onde a firma ficará.
  • Pagamentos das taxas (DARE, DARF ou outras, dependendo da unidade federativa).

Ao final, faz-se o registro na Receita Federal para receber o CNPJ. Esse processo tem sido cada vez mais informatizado, com o uso de plataformas digitais.

Enfoque no aspecto bancário e de crédito

A pessoa física é tão importante quanto a jurídica no momento de conseguir crédito bancário. Fonte: Shutterstock.

O cidadão, ao se tornar pessoa física economicamente ativa, busca contas correntes, cartões de crédito, financiamentos e outras modalidades de serviços bancários.

Os bancos avaliam histórico, renda declarada e score de crédito, que pode sofrer variações dependendo do comportamento financeiro.

Quando o objetivo é abrir empresa, é bom ter em mente que as instituições também checam a vida do empreendedor, analisando se há pendências em seu CPF.

Relacionamento com instituições financeiras

Ter um bom histórico de pagamentos, guardar comprovantes de renda e manter regularidade no IRPF facilita negociações.

Linhas de crédito podem ser aprovadas com taxas menores, e as oportunidades de participação em fundos de investimento restritos aumentam.

As plataformas de análise do perfil de clientes se expandiram, então atrasos podem significar juros mais altos.

Perfil de investidor

A pessoa física encontra opções de investimento em renda fixa, renda variável e produtos estruturados. Definir o perfil — conservador, moderado ou arrojado — auxilia na escolha de onde alocar recursos.

Em 2025, analistas projetam que a digitalização encurte a distância entre o pequeno investidor e produtos antes acessíveis só para grandes fortunas.

As fintechs ampliam a oferta de soluções que ajudam a controlar gastos, planejar metas e monitorar o desempenho de aplicações.

Repercussão no ambiente de trabalho

Quando um profissional atua registrado por uma empresa, recebe salários, e esses valores são computados para fins de Imposto de Renda.

Alguns já preferem prestar serviços como pessoa jurídica. Assim, emitem nota fiscal e administram custos por conta própria, buscando reduzir a incidência de impostos.

Cada modelo tem prós e contras, relacionados a benefícios trabalhistas, estabilidade e incentivos previdenciários.

Possibilidades de pessoa física e jurídica ao mesmo tempo

É permitido que alguém tenha emprego formal em uma corporação e, em paralelo, possua um CNPJ para exercer atividade autônoma.

Esse arranjo ocorre com profissionais que buscam gerar renda extra.

Entretanto, convém conhecer regras da empresa empregadora, que podem proibir conflitos de interesse, sobretudo se as atividades fossem semelhantes.

Do ponto de vista fiscal, a pessoa declara os rendimentos obtidos como pessoa física e, se houver distribuição de lucros como pessoa jurídica, mantém organização para não gerar duplicidade de impostos.

Abertura de conta bancária PF ou PJ

Pessoa física tem conta tradicional, direcionada a uso pessoal: recebimento de salário, pagamento de contas, transferências simples.

Já a pessoa jurídica abre conta empresarial, separada do titular. Esse tipo de conta apresenta recursos específicos, como cobrança automatizada de clientes e pagamento de fornecedores.

Para a contabilidade, separar finanças pessoais e empresariais evita confusão e demonstra transparência.

Quem faz essa distinção, de acordo com profissionais do mercado financeiro, tende a compreender melhor as finanças, ampliando as chances de sucesso no gerenciamento.

Conclusão: benefícios de explorar o Investidor10 e a versão Investidor10 PRO

Esse panorama sobre pessoa física, diferenças em relação a pessoa jurídica e etapas de formalização ressalta a importância de acompanhar tendências e informações precisas.

Em um momento em que o mercado se mostra competitivo e repleto de mudanças, informações de qualidade são decisivas para aprimorar a estratégia de quem deseja lucrar com consciência e responsabilidade.

Experimente o Investidor10 e, se quiser ir ainda mais longe, assine o Investidor10 PRO para garantir vantagens competitivas e transformar sua estratégia de investimentos hoje mesmo!