A REDE3 – Rede Energia era uma empresa controladora de nove distribuidoras de energia espalhadas pelo país que teve como um de seus principais acionistas o BNDESpar.
Como empresa ela atuava nas áreas de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica. Ela exercia suas atividades por meio das suas controladas:
- Celpa (Centrais Elétricas do Pará): antiga distribuidora de energia do estado do Pará;
- Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses): antiga distribuidora de energia do estado do Mato Grosso;
- Celtins (Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins): antiga distribuidora de energia do estado de Tocantins;
- Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul): antiga distribuidora de energia do Mato Grosso do Sul;
- Caiuá Distribuição de Energia: antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo;
- EEVP (Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema): antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo;
- Companhia Força e Luz do Oeste: antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo;
- Companhia Nacional de Energia Elétrica: antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo;
- Empresa Elétrica Bragantina: antiga distribuidora de energia do estado de São Paulo.
Atualmente, o conglomerado tem seu controle dividido entre a Equatorial Energia, Grupo Energia e a CPFL Energia, e sustenta um contingente de 14 mil empregados.
História
A REDE3 – Rede Energia foi fundada em 1903, no entanto, teve o seu momento de bonança maior enquanto esteve sob o controle de Jorge Queiroz.
Na realidade, a história da Rede Energia perpassa a história de Jorge, que transformou a pequena distribuidora de energia de seu avô em um negócio bilionário.
Foi nos anos 90 que a empresa começou a expandir os seus negócios, quando Jorge comprou três empresas distribuidoras de energia nos leilões de privatizações do setor.
No entanto, os recursos para essas compras eram advindos de empréstimos com o BNDES. No entanto, para aumentar os investimentos, Jorge começou a contrair outros empréstimos.
A ideia inicial era de que as empresas adquiridas eventualmente fossem começar a gerar lucro o suficiente para estancar o fluxo de pagamento dos empréstimos.
Na prática, isso acabou não acontecendo, sendo que as dívidas do grupo de empresas alcançaram quase 6 bilhões de reais, ao passo que o faturamento mal chegava a 1 bilhão.
Ao perceber que a situação não teria conserto, Jorge então tomou uma das decisões mais polêmicas da história empresarial brasileira: fugiu para a Europa deixando uma dívida bilionária.
Seu paradeiro a priori era desconhecido e o futuro do grupo das empresas, que eram pessimamente mal geridas, também era incerto.
Foi então que a ANEEL interditou o grupo e o pôs em processo de recuperação judicial, quando começaram as propostas de compra pelas empresas.
Havia duas propostas, do Grupo Equatorial mais a CPFL, que assumiria apenas 15% da dívida bilionária, e o do grupo Energisa, que prometia assumir até 40%.
No fim das contas, em 2014, o grupo Energia conseguiu comprar 8 das 9 empresas da Rede Energia, prometendo investir mais de 3,2 bilhões. A outra empresa ficou com o grupo Equatorial.
Informações Complementares
A empresa REDE ENERGIA, está listada na B3 com um valor de mercado de R$ 14,08 Bilhões , tendo um patrimônio de R$ 4,11 Bilhões.
Com um total de 7.789 funcionários, a empresa está listada na Bolsa de Valores no setor de Utilidade Pública e no segmento Energia Elétrica.
Nos últimos 12 meses a empresa teve um faturamento de R$ 17,36 Bilhões, que gerou um lucro no valor de R$ 2,17 Bilhões.
Quanto aos seus principais indicadores, a empresa possui um P/L de 9,01, um P/VP de 3,43 e nos últimos 12 meses o dividend yeld da REDE ENERGIA ficou em 8,75% .