Unigel volta a paralisar fábricas de fertilizantes da Petrobras (PETR4)
Companhia disse que contrato de produção por encomenda com a Petrobras é temporário e ainda não entrou em vigor

A Unigel voltou a paralisar as fábricas de fertilizantes nitrogenados que arrendou da Petrobras (PETR4) na Bahia e em Sergipe. A produção foi interrompida na quarta-feira (6), dois dias depois de a petroleira negar irregularidades no contrato com a Unigel.
"A companhia continuará com uma infraestrutura mínima para manutenção e preservação dos ativos, além de garantir o cumprimento dos compromissos legais e socioambientais", disse a Unigel, que arrendou as fábricas da Petrobras em 2019 e já havia interrompido a produção de fertilizantes em 2023.
💲 Segundo a Unigel, a nova interrupção é um reflexo dos preços do gás natural. A companhia alega que o insumo chega a custar seis vezes mais no Brasil do que no Oriente Médio e nos Estados Unidos. Por isso, pede a sensibilização do governo e da Petrobras em relação à política de preços do gás natural que é destinado ao setor industrial.
"A Unigel suportou prejuízos durante todo o ano de 2023 e também em 2024, mas mesmo assim preservou a maior parte de seu quadro de funcionários, na expectativa de que fossem bem-sucedidas as negociações e frentes de trabalho buscando a redução do preço do gás natural via Governo Federal", afirmou.
Leia também: Petrobras (PETR4) nega irregularidades em contrato com a Unigel
Contrato com a Petrobras
🏭 A Unigel disse que também aguardava "uma alternativa temporária via contrato de tolling, além da parceria estratégica em combustíveis renováveis junto à Petrobras" para endereçar esse problema, mas ressaltou que essas soluções "não entraram em vigor até o momento".
Petrobras e Unigel firmaram um contrato que prevê a industrialização de fertilizantes por encomenda, uma modalidade chamada de tolling, em dezembro de 2023. O TCU (Tribunal de Contas da União), no entanto, apontou indícios de irregularidades no contrato.
Na última sexta-feira (1º), o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", publicou que a empresa de auditoria KPMG teria recomendado o afastamento e a apreensão dos celulares de diretores da Petrobras após investigação de irregularidades no contrato com a Unigel. A Petrobras, no entanto, negou a informação.
Em comunicado publicado na segunda-feira (4), a Petrobras disse que apurou o caso, junto com a KMPG, e não constatou irregularidades no contrato. A petroleira disse ainda que o acordo valerá por apenas oito meses e que a fabricação de fertilizantes por encomenda ainda não começou.
Em fato relevante, a Unigel reforçou nesta quinta-feira (7) que o contrato "representa uma alternativa temporária para viabilizar a manutenção da operação das plantas arrendadas junto à Petrobras", além dos empregos associados à operação.
Segundo as companhias, o objetivo é usar esses oito meses para trabalhar na elaboração de novos modelos de negócio para a continuidade da produção de fertilizantes nas fábricas da Bahia e Sergipe.

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O resultado superou as expectativas de parte dos analistas, que viam riscos ligados ao nível de investimentos da companhia.