Temu lidera ranking de aplicativos de compras mais baixados do Brasil

A informação é da ferramenta de pesquisa de mercado App Magic, que destaca a rápida ascensão da Temu no cenário brasileiro.

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Publicado em 17/07/2024 às 15:08h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/07/2024 às 15:08h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.
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💲 Com apenas pouco mais de um mês de operação no Brasil, a Temu, ummarketplace do grupo chinês PDD Holdings, alcançou o topo dos aplicativos decompras mais baixados no país, superando gigantes como Mercado Livre (MELI34), Shein, Shopee, Amazon (AMZO34) e Magalu (MGLU3).

A informação é da ferramenta de pesquisa de mercado App Magic, que destaca a rápida ascensão da Temu no cenário brasileiro.

"Estamos animados com a resposta positiva dos consumidores brasileiros", afirmou um porta-voz da Temu à Folha, em uma entrevista mediada pela assessoria de imprensa.

A empresa atribui seu sucesso à relação custo-benefício de seus produtos, operando em 70 países e alcançando mais de 5 milhões de downloads no Brasil nos últimos 30 dias, atrás apenas dos Estados Unidos.

Lançada nos Estados Unidos em setembro de 2022, a Temu foi criada para explorar mercados estrangeiros, já que o PDD Holdings opera na China como Pinduoduo.

Em 2023, o grupo faturou US$ 34,8 bilhões e registrou lucro líquido de US$ 8,5 bilhões, ambos com um aumento de 90% em relação a 2022.

A Temu chamou atenção ao ser o maior anunciante da final do Super Bowl em novembro passado, veiculando seis anúncios de 30 segundos.

Na América Latina, a empresa já opera em países como Chile, Colômbia, México e Peru, e em abril, dois meses antes de sua estreia no Brasil, já havia ultrapassado varejistas consolidados no ranking nacional.

A empresa destaca seu modelo inovador de e-commerce, eliminando intermediários e reduzindo custos, ao conectar consumidores diretamente a fabricantes e fornecedores exclusivos.

Esse modelo, segundo a Temu, democratiza o acesso a mercadorias de qualidade a preços acessíveis.

Entretanto, a chegada da Temu ao Brasil ocorre em um momento desafiador com a nova "taxa das blusinhas", que vigora a partir de 1º de agosto, impondo impostos sobre compras de até US$ 50. No site da Temu, os preços já refletem o impacto dessas taxas.

Em maio, a Temu foi certificada no programa Remessa Conforme do governo federal, oferecendo isenção do imposto de importação para mercadorias até US$ 50.

A empresa mantém uma política de devolução flexível e subsidia o frete, além de oferecer bônus por atraso na entrega e ajuste de preço caso o item entre em liquidação.

📈 A Temu planeja expandir sua base de vendedores locais no Brasil, uma estratégia crucial para manter preços competitivos.

"No início deste ano, abrimos nossa plataforma ao primeiro grupo de vendedores qualificados nos EUA e na Europa, permitindo-lhes controlar sua própria logística e enviar produtos de suas próprias lojas", afirmou a empresa.

Colin Huang, fundador do PDD Group, é um ex-funcionário do Google que criou a Pinduoduo, um modelo de "e-commerce social" que se tornou um sucesso na China.

Desde 2021, Huang está afastado do dia a dia do grupo, focando-se em planejar o futuro dos negócios.

A Temu utiliza um mix de ferramentas de marketing, incluindo anúncios na TV, online e influenciadores, além de valorizar a propaganda "boca a boca" como um diferencial importante.

🗣️ "Quando alguém tem uma experiência positiva conosco e conta aos seus amigos e familiares, isso é muito valioso", afirmou a empresa.

Com uma política agressiva e estratégias inovadoras, a Temu busca se consolidar como um dos principais players do mercado de e-commerce no Brasil, mesmo diante dos desafios tributários e da concorrência acirrada.