Telefone fixo, cigarros e jornais na conta: A inflação da Argentina realmente está abaixando?
Grupo de economistas pede atualização de lista de produtos, defasada há duas décadas.

Parte do mercado acredita firmemente que a inflação da Argentina está diminuindo. Essa crença se sustenta nos dados oficiais que indicam uma baixa nos preços na comparação com anos anteriores.
🛒 No entanto, a composição do índice de inflação está obsoleto há pelo menos duas décadas. Ou seja, os itens que são pesquisados na hora de formar os preços já não são tão usados pela população como era antes.
É o caso do custo do telefone fixo de parede, que ainda conta na pesquisa de preços, mas pouca gente assina. O mesmo acontece com cigarros e até com o jornal de papel, que, embora estejam disponíveis para a compra, pouca gente tem o hábito de adquiri-los.
Por isso, embora os dados oficiais demonstrem uma pausa no aumento dos preços, quando se vai ao supermercado, a população não sente isso. “A inflação está caindo, mas os preços continuam subindo”, opinou Angel Santos, em entrevista à "Bloomberg". "Já há medicamentos que não consigo pagar”, comentou.
Surge então um movimento que pede que o governo federal atualize a composição do índice dos preços. Neste caso, seriam adicionados preços mais atualizados, como o de assinaturas de streaming, por exemplo.
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Da parte da gestão de Javier Milei, atualizar o índice neste momento pode ser um problema. Isso porque o governo se aproxima das eleições de meio mandato, marcadas para outubro, e rever os números da inflação pode mudar a imagem do governo que se sustenta na baixa da inflação.
Em setembro do ano passado, o INDEC (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina) anunciou uma atualização do índice que seria feita em novembro ou dezembro posterior, mas que ainda não rodou. Enquanto isso, a Central de Trabalhadores Argentinos fez seu próprio levantamento e destacou que a taxa da inflação é ao menos 10 pontos percentuais mais alta do que o valor divulgado como oficial.
Só os preços dos aluguéis dispararam 240% no intervalo de um ano até fevereiro de 2025. Os custos de telefonia, caso da internet, avançaram 100%, segundo dados do INDEC.
Em fevereiro, a inflação na Argentina fechou na casa de 2,4%, com uma desaceleração frente aos 2,6% reportados em janeiro. A taxa anual chegou a 66,9%, o que representa um verdadeiro milagre quando comparada ao resultado de 2023 que fechou acima dos 200% em doze meses.

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