Tarifas são “ato de guerra”, avalia Warren Buffett
Segundo ele, as tarifas acabam se transformando em um imposto sobre as mercadorias.

O megainvestidor Warren Buffett, que também é CEO da Berkshire Hathaway (BERK34), se manifestou sobre as tarifas estabelecidas por Donald Trump (Partido Republicnao), presidente dos EUA, sobre nações como China, Canadá e México. Ele considerou essa ação um "ato de guerra".
💰 “As tarifas são – e nós tivemos muita experiência com elas – um ato de guerra, até certo ponto”, afirmou Buffett, em entrevista ao canal norte-americano CBS. Além disso, o bilionário ressaltou que, ao longo do tempo, as tarifas acabam se transformando em um imposto sobre as mercadorias, podendo levar a um aumento nos preços para os consumidores.
“A Fada do Dente não paga [as tarifas]!”, afirmou, entre risadas. “Quando se trata de economia, sempre é necessário perguntar: e depois?”, disse. As tarifas impostas por Trump contra México, Canadá e China começaram a vigorá nesta terça-feira (4).
Canadá, China e México anunciaram novas taxas a produtos dos EUA
Como resposta às tarifas impostas, o Canadá, a China e o México anunciaram novas taxas de importação sobre produtos americanos. O Canadá foi o primeiro a reagir, anunciando uma retaliação.
💲 O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, emitiu um comunicado dizendo que o país aplicaria tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA. Segundo Trudeau, parte dessas tarifas começaria a valer imediatamente, enquanto o restante teria efeito dentro de 21 dias.
"Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, caso as tarifas dos EUA não cessem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar diversas medidas não tarifárias", acrescentou o primeiro-ministro canadense.
Leia também: Presidente do México promete retaliação aos EUA após tarifas de Trump
Em seguida, o México se pronunciou. Nesta terça-feira, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, criticou as tarifas dos EUA e prometeu retaliação.
Segundo ela, não há razão para que os Estados Unidos apliquem as taxas de 25% sobre as importações do México, ressaltando a colaboração do país em questões como migração, segurança e combate ao tráfico de drogas.
🗣️ “Não há razão, lógica ou justificativa para apoiar essa decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com essa decisão”, disse Sheinbaum em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (4).
A China foi a última a agir. Pequim não apenas impôs novas tarifas de 10% a 15% sobre as exportações agrícolas dos Estados Unidos, mas também anunciou restrições de exportação e investimento a 25 empresas norte-americanas, citando "motivos de segurança nacional".

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