Quais investimentos em renda fixa pagam acima de 2% ao mês? Anbima responde

Índices de renda fixa isentos da cobrança de imposto de renda ficam na dianteira no acumulado de setembro.

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Publicado em 13/10/2025 às 15:44h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 13/10/2025 às 15:44h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Debêntures incentivadas ocupam o pódio da renda fixa, pagando 2,33% ao mês (Imagem: Shutterstock)
Debêntures incentivadas ocupam o pódio da renda fixa, pagando 2,33% ao mês (Imagem: Shutterstock)
Em meio às tentativas do governo Lula em taxar boa parte dos investimentos em renda fixa, acabou que a corrida para emprestar dinheiro diretamente às empresas por meio das debêntures incentivadas (títulos que financiam projetos estratégicos de infraestrutura e não cobram imposto de renda), encheu o bolso dos investidores.
Segundo levantamento recente divulgado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o índice que acompanha as debêntures incentivadas atreladas à inflação (IPCA+) teve o melhor desempenho entre os investimentos em renda fixa, pagando 2,33% ao mês durante setembro de 2025.
“A crescente discussão sobre a tributação de ativos isentos, como as debêntures, tem atraído atenção dos investidores e do mercado. É natural que os papéis atualmente isentos se destaquem nesse cenário”, afirma Marcelo Cidade, economista da Anbima.
Por sua vez, o índice geral de debêntures indexadas ao IPCA+, que consideram tanto as que têm taxação de Imposto de Renda (IR), quanto as incentivadas, teve rendimento de 1,45% ao mês em setembro.
Ainda que a taxa Selic esteja rodando a 15% ao ano, as debêntures atreladas ao CDI+ renderam quase a metade que os títulos de crédito privado indexados ao IPCA+ entregaram, dado que o índice IDA-DI teve ganho de 1,19% ao mês no período.
Olhando para o desempenho geral do ato de se emprestar dinheiro diretamente às empresas, o índice de debêntures da Anbima teve rendimento de 1,44% ao mês em setembro, bem acima da rentabilidade de 1,05% ao mês entregue pela carteira de títulos públicos marcados a mercado, o índice IMA Geral.

A renda fixa do governo paga quanto?

Se, por um lado, a renda fixa do governo brasileiro costuma pagar menos que as debêntures, na outra ponta, o risco de calote é bem menor, além de que a recompra dos títulos públicos é sempre garantida pelo Tesouro Direto, o que confere ampla liquidez ao investidor.
Fora que a própria Anbima mostra que alguns tipos de títulos públicos chegaram a render bem acima de 1% ao mês durante setembro de 2025, caso dos prefixados com prazo superior a um ano, que lideraram com ganhos de 1,29% ao mês.
Na sequência, o índice que acompanha os títulos com liquidez diária, o Tesouro Selic, teve valorização de 1,24% ao mês. Todavia, os títulos públicos indexados à inflação (Tesouro IPCA+), com vencimento superior a cinco anos, tiveram rentabilidade de apenas 0,44% ao mês.
“Papéis atrelados a juros altos e prefixados longos também se mantêm atraentes para grande parte dos investidores, especialmente diante das maiores chances de queda dos juros para o final deste ano” comenta o economista.