Quais ações brasileiras os gestores estão mais comprados e vendidos em 2025?

BTG Pactual realizou uma pesquisa de sentimento com gestores, após o Ibovespa disparar 16% no ano

Publicado em 28/05/2025 às 16:19h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 28/05/2025 às 16:19h Atualizado 2 meses atrás por Lucas Simões

Sabesp (SBSP3) é a ação queridinha dos gestores, que também citam outros nomes para encarar o ciclo político em 2026 (Imagem

🚀 Quem iria imaginar que, mesmo com a taxa Selic beirando os 15% ao ano, o Ibovespa conseguiu a façanha de se valorizar +16% no acumulado de 2025, fora que a sua cotação em dólares, medida pelo ETF EWZ salta quase +25% no mesmo período. Então, como será que os grandes investidores ainda garimpam boas oportunidades na bolsa brasileira?

Pensando nisso, o BTG Pactual divulgou nesta quarta-feira (28) os resultados de sua pesquisa ouvindo os principais gestores do mercado financeiro durante os últimos sete dias, até mesmo já incorporando as opiniões diante do recente episódio do aumento de cobrança do IOF.

E sabe qual foi a conclusão do banco? Os grandes investidores agora estão mais cautelosos, mas ainda enxergam bons negócios em setores específicos.

"Embora os níveis de valuation ainda sejam considerados baratos, um número maior vê o mercado como precificado de forma justa (35% em maio contra 26% em abril). Ao avaliarmos os níveis de sentimento, mais investidores agora se declaram Neutros nos níveis atuais (43% em maio ante 35% em abril)", destacam os analistas do BTG Pactual, em relatório.

Alguns gestores começam a ficar desconfortáveis com a velocidade da recente alta, mais investidores estão mencionando a possibilidade de reduzir posições (35% pretendem reduzir contra “apenas” 12% no mês passado). Até o BTG Pactual já notou que vários clientes estão aguardando uma correção nas ações brasileiras para aumentar o apetite a risco.

Ações brasileiras mais compradas e vendidas

Para quem acha que está cedo demais para pensar nos impactos da corrida eleitoral em 2026 sobre as empresas listadas na B3, saiba que o ciclo político de 2026 continua sendo o tema dominante, citado por 51% dos respondentes, ante 64% anteriormente. Tal aspecto influencia desde já as posições compradas (long) e vendidas (short) dos gestores.

"Os investidores enxergam algum potencial de alta para o Ibovespa, com a maioria projetando a faixa de 140 mil a 150 mil pontos (43% em maio ante 36% em abril) e alguns esperando que ultrapasse os 150 mil (25% dos entrevistados), mostrando maior otimismo", aponta o relatório.

🏆 Dessa maneira, o BTG Pactual compilou que as teses de investimentos favoritas dos gestores para compra (long) são as ações de: Sabesp (SBSP3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Vivara (VIVA3).

Isso porque o setor de utilidade pública continua sendo o mais concentrado, mas é evidente que os investidores têm realizado lucros recentemente (27% dos votos este mês, ante 39% no mês passado). Um ponto mais interessante é que o setor imobiliário assumiu a segunda posição com 21% dos votos, seguido por Financeiro (17%) e Varejo (14%).

Por outro lado, as maiores posições de venda (short) na estratégia dos gestores entrevistados estão nas ações de: Ambev (ABEV3), Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3). Afinal, os analistas comentam que o setor de Materiais Básicos (commodities) continua liderando como o “menos desejado” da B3, com 29% dos votos dos gestores (acima dos 28% anteriores), seguido por Petróleo & Gás e Educação (11% dos votos cada).

💣 Além disso, o relatório revela quais são as teses de investimento mais arriscadas na bolsa brasileira e estão fora do consenso de mercado, representadas pelas ações de: Cosan (CSAN3), Tenda (TEND3) e Ecorodovias (ECOR3).