Petróleo sobe diante de guerra entre Israel e Hamas
Mercado teme que o Irã, grande produtor de petróleo e apoiador da Palestina, entre no conflito
Os preços do petróleo sobem nesta segunda-feira (9), diante da guerra entre Israel e Hamas. O receio do mercado é de que o conflito afete a produção e a distribuição da commodity no Oriente Médio, especialmente no Irã.
O petróleo do tipo Brent, que é referência mundial, avança mais de 4% e chegou a bater nos US$ 89 o barril. Já o petróleo do tipo WTI, usado nos Estados Unidos, subiu 3,58% no domingo (8) e mantém a alta nesta segunda (9), beirando os R$ 86 o barril.
A alta favorece ações de produtoras de petróleo na Bolsa, como a Petrobras (PETR4). Os papeis da estatal sobem mais de 4% nesta segunda-feira (9). Mas a valorização é mais expressiva em outras representantes do setor.
As ações da Petrorecôncavo (RECV3), por exemplo, avançavam mais de 8% por volta das 15h. Os ganhos também passavam de 7% nos papeis da Prio (PRIO3) e superavam os 6% no caso da 3R Petroleum (RRRP3).
Do outro lado, companhias que são afetadas negativamente pela alta do petróleo operam em baixa nesta segunda-feira (9). É o caso de empresas aéreas, como Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4).
Entenda
Embora Israel e Faixa de Gaza não sejam grandes produtores de petróleo, parte significativa da produção mundial da commodity ocorre nos arredores do conflito. Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Irã, por exemplo, estão na região.
O maior questionamento do mercado no momento é se o Irã entrará no conflito. É que o país, oitavo maior produtor mundial de petróleo, tem relações estreitas com o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e agora está em guerra contra Israel.
O Wall Street Journal chegou a dizer que o Irã teria apoiado o ataque do Hamas contra Israel no sábado (7). O país negou envolvimento no conflito, embora tenha reforçado que apoia “enfaticamente a Palestina”.
“O país é grande produtor de petróleo, tem localização estratégica e é tradicional apoiador do Hamas. O risco seria o fechamento do estreito de Ormuz (passagem marítima vital para o comércio) por parte do Irã”, disse o Banco ABC, em relatório.
“A grande pergunta hoje é em relação à escalada do conflito na região. O Irã se manifestou pró-Palestina e é isso que o mercado vai acompanhar de perto”, completou o sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, Marcelo Boragini.
Boragini lembrou que a alta do petróleo traz um risco a mais para a inflação e, por isso, tem o potencial de elevar ainda mais a curva futura de juros. A perspectiva de alta dos juros dos Estados Unidos, por sinal, já vinha estressando os mercados nos últimos dias. Por isso, o dólar segue pressionado.
Vale lembrar ainda que os preços do petróleo também já eram um ponto de preocupação do mercado, antes mesmo do conflito no Oriente Médio. É que os cortes de produção implementados por países como a Arábia Saudita e Rússia podem levar a uma oferta restrita da commodity no fim do ano, sobretudo se a economia mundial seguir em ritmo de recuperação.
“Este primeiro momento é mais centrado no risco que poderia ter no petróleo. Não é como na Guerra da Ucrânia, que é uma grande produtora de alimentos. Mas, se o conflito escalar, aí bate em tudo de forma negativa”, afirmou o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.
No Brasil, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu que o conflito no Oriente Médio pode levar a uma alta do preço do diesel. O Ministério da Fazenda, por sua vez, avalia que o conflito deve ter um impacto limitado na economia brasileira.
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