Petrobras (PETR4): Ministro espera novos cortes no preço dos combustíveis

Alexandre Silveira ressaltou que governo tenta minimizar oscilações de preços nas bombas.

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Publicado em 21/07/2025 às 13:58h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 21/07/2025 às 13:58h Atualizado 3 minutos atrás por Marina Barbosa
Alexandre Silveira ainda viu avanços no processo de licenciamento da Margem Equatorial (Imagem: MME/Divulgação)
Alexandre Silveira ainda viu avanços no processo de licenciamento da Margem Equatorial (Imagem: MME/Divulgação)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, espera que a Petrobras (PETR4) reduza novamente os preços dos combustíveis, caso o barril do petróleo sig rondando os US$ 70.

"Espero que a empresa ainda reduza mais os preços dos combustíveis. É a minha expectativa, se nós continuarmos com o Brent nos níveis que estão hoje", disse Silveira, em entrevista ao "Valor Econômico".

O ministro reconheceu que o momento é de "muita instabilidade" no mercado de petróleo, devido ao impacto das guerras e das tarifas americanas nos preços da commodity.

Contudo, acredita que esse movimento não deve afetar a Petrobras. Além disso, Silveira lembrou que o governo tenta minimizar o impacto dessas oscilações no bolso do consumidor.

"É um momento realmente sensível dessas oscilações. Estamos fazendo tudo o que é possível, por parte do governo, para minimizar os impactos e conseguir manter os níveis de preços de combustíveis na bomba", declarou.

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Diesel caiu 3 vezes neste ano

📉 A Petrobras já diminuiu o preço do diesel vendido nas suas refinarias três vezes neste ano. Juntos, os cortes representam uma redução de R$ 0,45 por litro. Além disso, reduziu o preço da gasolina em R$ 0,17 por litro no início de junho, depois de quase um ano sem mexer no preço do combustível.

A diretoria da estatal discute o preço dos combustíveis a cada 15 dias, segundo a CEO da Petrobras, Magda Chambriard. Pesam na conta a cotação internacional do petróleo, o dólar e também referências do mercado doméstico. Afinal, a companhia acabou com a PPI (Política de Preço de Paridade de Importação) no início deste governo Lula (PT), para dar mais estabilidade aos preços dos combustíveis no Brasil.

Em outras ocasiões, a CEO da Petrobras reconheceu que a queda dos preços do petróleo favorece o corte dos preços dos combustíveis. Contudo, observou que o movimento também ameaça a geração de receitas. Por isso, exige "austeridade" da empresa.

Em maio, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse até que a queda do petróleo diminui as chances de a companhia pagar dividendos extraordinários neste ano.

Margem Equatorial

Na entrevista ao "Valor Econômico", o ministro Alexandre Silveira disse ainda que o processo de licenciamento da Margem Equatorial parece ter avançado.

O Ibama aprovou o plano de proteção e atendimento à fauna apresentado pela Petrobras para a Foz do Amazonas em maio. Agora, a companhia deve realizar uma simulação para testar a sua capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo.

"Se ele [Ibama] pediu as simulações, já deu uma sinalização clara que entendeu a importância de licenciar e do Brasil poder conhecer o potencial e de poder pesquisar na região. Agora está dependendo de a Petrobras entregar o resultado das simulações", afirmou Silveira.

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