Ouro dispara, utilities ganham força e balanços agitam a semana; confira

Ouro em alta, balanços no radar e setor elétrico em destaque. Confira os temas que dominaram o mercado nesta semana.

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Publicado em 18/10/2025 às 09:06h - Atualizado Agora Publicado em 18/10/2025 às 09:06h Atualizado Agora por Matheus Silva
O ouro voltou a ser destaque nas carteiras de investidores globais (Imagem: Shutterstock)
O ouro voltou a ser destaque nas carteiras de investidores globais (Imagem: Shutterstock)
🚨 A segunda semana de outubro foi marcada por um ambiente de cautela nos mercados globais, impulsionado pelo impasse fiscal nos Estados Unidos, em especial pela paralisação parcial do governo (shutdown). 
O cenário de incertezas reacendeu a busca por ativos considerados mais seguros, como o ouro, e fortaleceu o interesse em ações do setor elétrico brasileiro, tradicionalmente visto como defensivo.
Nesse contexto, o metal precioso voltou a ser destaque nas carteiras de investidores globais. 
Em paralelo, analistas da XP Investimentos reforçaram o otimismo com o setor de utilities no Brasil, iniciando a cobertura de Neoenergia (NEOE3), CPFL Energia (CPFE3) e Light (LIGT3) com recomendação de compra. 
Para a corretora, essas empresas estão bem posicionadas para enfrentar a volatilidade global, com potencial de valorização sustentado por fundamentos sólidos.

Temporada de balanços movimenta mercados

Enquanto o cenário macroeconômico global permanece volátil, o foco dos investidores se volta para o início da temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre
Nos Estados Unidos, grandes empresas já começaram a divulgar seus números, com resultados em linha com as expectativas e um viés positivo sobre o crescimento dos lucros por ação.
No Brasil, a divulgação mais intensa começa a partir do dia 22 de outubro, com atenção especial voltada para margens operacionais, repasse de custos, impactos de juros elevados e variações cambiais sobre os resultados.
A XP destacou que, mesmo em meio às incertezas externas, o ambiente doméstico permanece resiliente, com recuperação gradual do consumo e relativa estabilidade dos principais indicadores econômicos.

Utilities em evidência: XP vê novo ciclo para o setor elétrico

O setor de energia elétrica no Brasil vive uma transformação estrutural. De acordo com relatório recente da XP, há um movimento de realocação de riscos dentro dos segmentos de geração, transmissão e distribuição, o que cria oportunidades para investidores.
A casa aposta em Neoenergia, CPFL e Light como nomes com bom potencial de valorização, apoiados em fundamentos como eficiência operacional, digitalização de redes, maior adoção de energias renováveis e estabilidade regulatória.
Mesmo com a volatilidade dos mercados internacionais, o setor de utilities mantém características defensivas e vem sendo visto como porto seguro em tempos de incerteza, especialmente por investidores mais conservadores.

Ouro volta aos holofotes

Diante das incertezas fiscais nos EUA, o ouro volta a brilhar como um dos principais instrumentos de proteção patrimonial no mercado global. 
Com a cotação do barril de petróleo recuando e dúvidas sobre os rumos da política monetária americana, o metal precioso ganhou novamente status de refúgio seguro.
A valorização recente tem sido impulsionada por temores de desaceleração da economia americana e expectativas de que o Federal Reserve possa adotar uma postura mais cautelosa nas próximas reuniões.
Especialistas lembram que, embora o ouro seja visto como proteção contra riscos cambiais e inflação, ele também carrega alta volatilidade e exige visão de longo prazo do investidor.

Contagem regressiva para a COP30 em Belém

Faltando poucas semanas para a realização da COP30 em Belém (PA), governos e empresas se preparam para discutir medidas climáticas urgentes. A conferência deste ano deve abordar metas de descarbonização, uso sustentável da terra e preservação da biodiversidade.
A expectativa é que o Brasil assuma papel de destaque como liderança global em bioeconomia e transição energética, aproveitando o momento para atrair investimentos sustentáveis e consolidar sua imagem de protagonista ambiental.

Eletrobras reduz exposição ao vender Eletronuclear

A Eletrobras (ELET6) anunciou a venda de sua participação na Eletronuclear ao grupo J&F, em uma operação de R$ 535 milhões. 
Apesar do valor abaixo do considerado justo por parte do mercado, o desinvestimento foi bem recebido por investidores, ao reduzir riscos e obrigações futuras da estatal.
📈 A venda se alinha à estratégia de foco em ativos renováveis e de transmissão, parte do processo de reestruturação da companhia desde sua privatização.