Novata na B3? Fabricante da Coca-Cola no Brasil avalia IPO, conheça
Solar Bebidas é a segunda maior fabricante da Coca-Cola no Brasil e pretende ampliar operações.
Embora a B3 não seja palco para um IPO (oferta pública inicial) há quase três anos, a lista de empresas que avaliam entrar na bolsa é grande e acaba de ganhar mais um nome: a Solar Bebidas, fabricante da Coca-Cola no Brasil.
💰 A Solar Bebidas revelou a intenção nesta sexta-feira (29), ao apresentar o seu plano de investimentos para os próximos cinco anos. A companhia pretende investir R$ 5 bilhões nesse período, sendo R$ 1,5 bilhão no próximo ano. Além disso, considera potenciais aquisições e a possibilidade de realização da abertura de capital.
A bolsa brasileira não recebe um IPO desde o final de 2021. Afinal, os juros altos e as incertezas sobre a economia têm levado empresas e investidores a agirem com cautela. Ainda assim, muitas companhias seguem com o plano na gaveta, aguardando o momento apropriado para estrear na bolsa brasileira.
Veja aqui a lista das empresas que já indicaram a intenção de fazer um IPO
A Solar Bebidas, por exemplo, já havia considerado a possibilidade em 2021, mas acabou não levando a proposta à frente na época. Só agora, voltou a falar publicamente do assunto. Contudo, destacou que esta é uma "estimativa sobre os negócios" e não uma promessa de desempenho.
"Os valores do Plano de Investimentos e as iniciativas a ele relacionadas consideram as informações atualmente disponíveis e está sujeito a diversos fatores de risco e incertezas, como condições de mercado, do cenário econômico do Brasil e do setor em que a Solar atua. Qualquer alteração na percepção ou nos fatores acima descritos pode impactar em resultados concretos distintos das intenções de investimento ora apresentadas", ponderou.
A Solar Bebidas
🏭 A Solar Bebidas apresenta-se como o segundo maior fabricante do Sistema Coca-Cola no Brasil e um dos 15 maiores no mundo. "Somos uma das dez maiores empresas do Nordeste e uma das maiores empresas de bens de consumo do país", acrescenta.
A companhia existe há mais de 40 anos e é controlada pelas famílias Jereissati e Melo. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é um dos sócios. Outros 17,95% do seu capital social são da Coca-Cola (COCA34).
Atualmente, a Solar Bebidas tem capacidade para produzir aproximadamente cinco bilhões de litros por ano, em 13 fábricas. Além disso, conta com 44 centros de distribuição, que permitem o atendimento de 400 mil pontos de venda.
Segundo a companhia, a sua rede de distribuição cobre uma área territorial que representa 70% do nosso Brasil e cobre as regiões Norte, Nordeste, Estado do Mato Grosso, parte de Goiás e Tocantins.
O objetivo da Solar Bebidas, no entanto, é expandir essa operação, inclusive com a abertura de novas fábricas.
Ao apresentar o seu plano de investimentos nesta sexta-feira (29), a companhia disse que os R$ 5 bilhões previstos para os próximos cinco anos serão utilizados "na modernização, fortalecimento e expansão de suas operações, incluindo ampliação da capacidade produtiva e dos centros de armazenagem e transporte, a abertura de novas fábricas e investimentos em tecnologia".
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Fitch: Grau de investimentos e "dividendos elevados"
💲 A Solar Bebidas tem o grau de investimento pela Fitch. Em relatório publicado no último dia 21 de novembro, a Fitch reafirmou o rating da companhia em 'AAA(bra)', com perspectiva estável.
Segundo a agência de classificação de risco, "o rating da Solar Bebidas reflete seu sólido perfil de negócios na indústria de bebidas, suportado pela sua significativa participação de mercado nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil", além da "expectativa de manutenção de reduzida alavancagem financeira e forte liquidez do grupo".
De acordo com a Fitch, a Solar Bebidas é líder em refrigerantes (67% de participação), chás gelados (78%) e sucos (36%) e deve continuar com uma "elevada participação de mercado, dada a limitada concorrência e os direitos de exclusividade de distribuição de produtos da Coca-Cola em suas áreas de atuação".
Além disso, a agência vê uma demanda aquecida no mercado. Por isso, espera que as vendas da companhia apresentem um ritmo de crescimento superior ao do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil até 2026.
Diante desse cenário, a Fitch projeta um Ebitda de R$ 2,2 bilhões e um fluxo de caixa das operações de R$ 1,6 bilhão neste ano, além de um crescimento em 2025. A expectativa também é que a margem Ebitda permaneça próxima a 20% e que a alavancagem siga abaixo de 1,0 vez nos próximos anos.
A Fitch ainda tem uma perspectiva positiva para os dividendos da Solar Bebidas. "Os dividendos deverão permanecer elevados, sendo R$ 1,2 bilhão em 2024 e cerca de 55% do lucro líquido de 2025 em diante", afirmou.
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