MPF pede extradição de ex-CEO da Americanas (AMER3); entenda

Caso a extradição seja negada, o ex-CEO pode enfrentar julgamento em território espanhol, complicando o processo judicial brasileiro.

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Publicado em 12/07/2024 às 08:19h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 12/07/2024 às 08:19h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Extradição pode ser um processo complexo, especialmente devido à cidadania espanhola de Gutierrez.
Extradição pode ser um processo complexo, especialmente devido à cidadania espanhola de Gutierrez.

🚨 O Ministério Público Federal (MPF) requisitou à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a extradição do ex-presidente-executivo da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez.

A solicitação está relacionada à operação da Polícia Federal que investiga a participação de Gutierrez e outros ex-executivos da empresa em um esquema de fraude contábil bilionária.

No pedido, datado de quarta-feira (10), os procuradores do MPF justificaram que a extradição é necessária para evitar que Gutierrez seja processado na Espanha, país onde reside atualmente e possui cidadania.

Caso a extradição seja negada, o ex-CEO pode enfrentar julgamento em território espanhol, complicando o processo judicial brasileiro.

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, havia confirmado no final do mês passado, em entrevista à Globonews, que o pedido de extradição seria encaminhado.

Miguel Gutierrez foi preso em Madri, mas liberado no dia seguinte. Sua defesa alegou que ele se apresentou voluntariamente às autoridades espanholas para prestar esclarecimentos.

A operação Disclosure, conduzida pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, é a responsável pela investigação que culminou na emissão do mandado de prisão contra Gutierrez em junho.

💲 A operação investiga uma fraude contábil superior a R$ 25 bilhões, que levou a Americanas à recuperação judicial no ano passado. Na ocasião, o executivo não estava no Brasil, o que resultou na inclusão de seu nome na lista de procurados pela Interpol.

Extradição pode ser um processo complexo, especialmente devido à cidadania espanhola de Gutierrez.

Ele liderou a Americanas por mais de duas décadas, até dezembro de 2022, e sua possível extradição levanta questões sobre a eficácia das colaborações internacionais em casos de fraudes corporativas de grande escala.

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