Itaú (ITUB4) demite 'super' executivo por mau uso do cartão corporativo e desvio de conduta

A saída de Tracanella teria sido motivada por mau uso do cartão corporativo, configurando um "sério desvio de conduta".

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Publicado em 03/12/2024 às 09:01h - Atualizado 18 horas atrás Publicado em 03/12/2024 às 09:01h Atualizado 18 horas atrás por Matheus Rodrigues
Tracanella sinalizou que não pretende se afastar do mercado de comunicação (Imagem: Shutterstock)
Tracanella sinalizou que não pretende se afastar do mercado de comunicação (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Itaú Unibanco (ITUB4), uma das maiores instituições financeiras da América Latina, enfrentou uma reviravolta em sua alta liderança com a demissão de Eduardo Tracanella, Chief Marketing Officer (CMO) do banco, após quase três décadas de carreira na instituição.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Valor Econômico, a saída de Tracanella teria sido motivada por mau uso do cartão corporativo, configurando um "sério desvio de conduta".

A decisão foi comunicada internamente pelo diretor executivo de Recursos Humanos do banco, Sérgio Fajerman, que reforçou o compromisso do Itaú em aplicar suas regras de forma igualitária, independentemente do cargo ocupado.

Durante uma reunião com a equipe de marketing, Fajerman enfatizou que qualquer colaborador estaria sujeito à mesma medida diante de uma infração similar.

Apesar da ampla divulgação interna, o Itaú optou por manter o comunicado oficial sobre a saída de Tracanella mais discreto, sem abordar o uso do cartão corporativo.

Em nota ao Valor Econômico, o ex-CMO declarou que "o motivo da minha saída é o que eu e o banco divulgamos. Não tenho como opinar em cima de especulações".

Um peso na liderança de marketing do Brasil

Tracanella era um nome de peso no mercado publicitário brasileiro. Sob sua liderança, o Itaú realizou campanhas de grande destaque, incluindo ações marcantes em celebração ao centenário do banco.

Entre elas, um dos eventos mais comentados foi o show da cantora Madonna na praia de Copacabana.

Além disso, na mais recente edição do relatório Agency Scope, da consultoria Scopen, Tracanella foi classificado como o segundo profissional de marketing mais admirado do país, atrás apenas de Daniela Cachich, da Ambev.

Sua saída coincide com um momento desafiador para a instituição, que figura como o cliente mais cobiçado do setor publicitário nacional.

Mesmo com a demissão, Tracanella sinalizou que não pretende se afastar do mercado de comunicação.

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Maior rigor nas empresas

A demissão de Tracanella não é um caso isolado e reflete um movimento crescente entre grandes corporações de maior rigor no uso de benefícios corporativos.

Recentemente, a Meta, controladora do Facebook e Instagram, também adotou medidas semelhantes, demitindo 24 funcionários por mau uso de créditos corporativos diários.

O episódio incluiu profissionais com salários elevados, o que reforça a mensagem de tolerância zero em casos de infração.

Para o mercado financeiro e corporativo, casos como o do Itaú e da Meta representam um claro alerta: práticas inadequadas no uso de recursos corporativos podem gerar impactos significativos, independentemente do nível hierárquico ou da contribuição histórica do colaborador.

Reflexos para o mercado publicitário

A demissão de um dos profissionais mais influentes do setor de marketing também levanta questões sobre os reflexos para o mercado publicitário.

A postura do Itaú em expor o motivo da demissão internamente sinaliza uma mensagem clara de governança e compliance, que pode influenciar outras empresas a adotarem posturas mais rígidas.

Com este cenário, empresas e executivos estão sendo desafiados a reavaliar práticas de uso de benefícios corporativos e reforçar a conformidade ética em todos os níveis da organização.

O futuro de Tracanella e do Itaú

📈 Enquanto Tracanella se prepara para explorar novos caminhos, o Itaú Unibanco encara o desafio de preencher a lacuna deixada por um dos seus principais líderes de marketing.

A demissão pode ser um divisor de águas no mercado, reafirmando a importância de uma conduta ética inquestionável em todas as esferas corporativas.

Com a saída abrupta de Tracanella, resta saber quem irá assumir a “cadeira” de marketing da empresa.

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