Isa Energia (ISAE4): Por que ações da empresa disparam quase 6%?

A reação do mercado chega após decisão do banco norte-americano JP Morgan.

Publicado em 15/12/2025 às 11:19h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 15/12/2025 às 11:19h Atualizado 1 minuto atrás por Elanny Vlaxio

Os ativos lideram as altas no Ibovespa (Imagem: Shutterstock)

💲 As ações da Isa Energia (ISAE4) disparam quase 6% nesta segunda-feira (15). Às 11h48, os papéis avançavam 5,78%, negociados a R$ 28,74, liderando as altas do Ibovespa naquele momento. A reação do mercado veio após o JP Morgan revisar a recomendação do ativo, promovendo uma dupla elevação de underweight para overweight.

O banco também aumentou o preço-alvo para o fim de 2026 de R$ 26,50 para R$ 30, indicando potencial de retorno total de cerca de 20%. Segundo a instituição, a ação ainda carrega potencial de valorização não precificado, relacionado à regulamentação, aos litígios e ao cenário macroeconômico.

💰 O JP Morgan avalia que a taxa interna de retorno real da companhia, atualmente em 9,8%, não reflete integralmente um impacto positivo de 3% esperado da regulamentação, uma valorização potencial entre 23% e 33% ligada a litígios e um ganho de 3% no lucro por ação em um cenário de queda de 1 ponto percentual da Selic.

Mesmo com alta de 30% no ano, os papéis seguem cerca de 30 pontos percentuais abaixo do desempenho do setor. Para o banco, o resultado inferior decorre da ausência de gatilhos recentes, do progresso limitado do litígio com o governo de São Paulo e da expectativa de adiamento nos cortes de juros.

🤑 Em relação aos litígios, a ISA negocia com o governo paulista um acordo sobre os custos do fundo de pensão, estimados entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões por ano. A empresa afirma que esses valores são de responsabilidade do Estado, embora venha arcando com eles há cerca de 20 anos, acumulando aproximadamente R$ 3 bilhões em créditos reivindicados.

O banco pondera, contudo, que um eventual acordo deve envolver descontos sobre o valor ajustado e que os pagamentos futuros ainda representariam um VPL (Valor Presente Líquido) negativo de 6% no cenário-base, mantendo uma visão cautelosa sobre um desfecho no curto prazo, especialmente com a proximidade das eleições estaduais.