Ibovespa sofre 4ª queda consecutiva e dólar vai a R$ 5,64
A alta do PIB do Brasil não foi suficiente para impulsionar os negócios, por causa das incertezas sobre a economia mundial.
O Ibovespa fechou em queda e o dólar voltou a subir nesta terça-feira (3), mesmo diante do avanço da economia brasileira no segundo trimestre.
📉 O principal índice da B3 caiu 0,41%, aos 134.353 pontos. Foi a quarta baixa consecutiva do Ibovespa, algo que não acontecia há cerca de três meses.
Com isso, o Ibovespa já está a mais de 3 mil pontos de distância da máxima histórica de 137.469 pontos, batida na última quarta-feira (28).
Já o dólar, que havia recuado na véspera diante de intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, fechou em alta. A moeda avançou 0,48% e terminou o dia negociada por R$ 5,64.
💲 O mau humor tomou conta do mercado mesmo depois de o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil surpreender com uma alta de 1,4% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Isso porque a força da economia brasileira elevou as apostas de alta da Selic e os dados econômicos vindos do resto do mundo não foram tão bons assim.
Nos Estados Unidos e na China, o PMI (índice de gerentes de compras) industrial caiu em agosto. O baque reacendeu o sinal de alerta sobre o desempenho das maiores economias do mundo e pressionou o preço das commodities, afetando o desempenho de empresas como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) na bolsa brasileira.
EUA
As bolsas americanas fecharam em forte queda diante dos dados industriais fracos. O mercado preferiu se proteger enquanto aguarda os dados do mercado de trabalho referentes a agosto, que saem na sexta-feira (3).
Além disso, as ações ligadas ao setor de chips e inteligência artificial afundaram depois de o banco UBS reportar uma redução das vendas de chips semicondutores em julho. A Nvidia (NVDC34), por exemplo, perdeu 9,53%.
Veja o fechamento das bolsas americanas:
- Dow Jones: -1,51%;
- S&P 500: -2,11%;
- Nasdaq: -3,26%.
Baixas
Os sinais negativos da atividade industrial americana e chinesa derrubaram os preços do petróleo e do minério de ferro. Por isso, as petroleiras e as siderúrgicas da B3 tiveram um dia de perdas.
A Petrobras (PETR4), por exemplo, caiu 1,21%, a 3R Petroleum (RRRP3) afundou 5,28% e a Prio (PRIO3), -5,16%. Já a Vale (VALE3) perdeu 3,73% e a CSN (CSNA3), -3,57%.
Os frigoríficos também não tiveram um dia positivo. Destaque para a Marfrig M(RFG3), que caiu 1,94%.
Veja outras baixas do dia:
- GPA (PCAR3): -4,21%;
- Bradespar (BRAP4): -3,86%;
- B3 (B3SA3): -2,25%.
Altas
Por outro lado, a Azul (AZUL4) saltou 10,20%, interrompendo uma sequência de seis pregões consecutivos de queda, com os investidores ainda monitorando os rumores sobre uma eventual recuperação judicial.
Os bancos também tiveram um dia positivo. O Itaú (ITUB4), por exemplo, ganhou 1,62% e o Bradesco (BBDC4) subiu 1,07%.
Veja outras altas do dia:
- IRB (IRBR3): 5,35%;
- Carrefour (CRFB3): 3,59%;
- Santos Brasil (STBP3): 2,83%.
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