Ibovespa sofre 4ª queda consecutiva e dólar vai a R$ 5,64

A alta do PIB do Brasil não foi suficiente para impulsionar os negócios, por causa das incertezas sobre a economia mundial.

Author
Publicado em 03/09/2024 às 17:57h - Atualizado 12 dias atrás Publicado em 03/09/2024 às 17:57h Atualizado 12 dias atrás por Marina Barbosa
Ibovespa não caia por 4 pregões seguidos desde junho (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa não caia por 4 pregões seguidos desde junho (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa fechou em queda e o dólar voltou a subir nesta terça-feira (3), mesmo diante do avanço da economia brasileira no segundo trimestre. 

📉 O principal índice da B3 caiu 0,41%, aos 134.353 pontos. Foi a quarta baixa consecutiva do Ibovespa, algo que não acontecia há cerca de três meses.

Com isso, o Ibovespa já está a mais de 3 mil pontos de distância da máxima histórica de 137.469 pontos, batida na última quarta-feira (28).

Já o dólar, que havia recuado na véspera diante de intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, fechou em alta. A moeda avançou 0,48% e terminou o dia negociada por R$ 5,64.

💲 O mau humor tomou conta do mercado mesmo depois de o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil surpreender com uma alta de 1,4% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Isso porque a força da economia brasileira elevou as apostas de alta da Selic e os dados econômicos vindos do resto do mundo não foram tão bons assim. 

Nos Estados Unidos e na China, o PMI (índice de gerentes de compras) industrial caiu em agosto. O baque reacendeu o sinal de alerta sobre o desempenho das maiores economias do mundo e pressionou o preço das commodities, afetando o desempenho de empresas como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) na bolsa brasileira.

EUA

As bolsas americanas fecharam em forte queda diante dos dados industriais fracos. O mercado preferiu se proteger enquanto aguarda os dados do mercado de trabalho referentes a agosto, que saem na sexta-feira (3).

Além disso, as ações ligadas ao setor de chips e inteligência artificial afundaram depois de o banco UBS reportar uma redução das vendas de chips semicondutores em julho. A Nvidia (NVDC34), por exemplo, perdeu 9,53%.

Veja o fechamento das bolsas americanas:

  • Dow Jones: -1,51%;
  • S&P 500: -2,11%;
  • Nasdaq: -3,26%.

Baixas

Os sinais negativos da atividade industrial americana e chinesa derrubaram os preços do petróleo e do minério de ferro. Por isso, as petroleiras e as siderúrgicas da B3 tiveram um dia de perdas.

A Petrobras (PETR4), por exemplo, caiu 1,21%, a 3R Petroleum (RRRP3) afundou 5,28% e a Prio (PRIO3), -5,16%. Já a Vale (VALE3) perdeu 3,73% e a CSN (CSNA3), -3,57%.

Os frigoríficos também não tiveram um dia positivo. Destaque para a Marfrig M(RFG3), que caiu 1,94%.

Veja outras baixas do dia:

Altas

Por outro lado, a Azul (AZUL4) saltou 10,20%, interrompendo uma sequência de seis pregões consecutivos de queda, com os investidores ainda monitorando os rumores sobre uma eventual recuperação judicial.

Os bancos também tiveram um dia positivo. O Itaú (ITUB4), por exemplo, ganhou 1,62% e o Bradesco (BBDC4) subiu 1,07%.

Veja outras altas do dia: