Ibovespa fecha perto de máxima histórica, mas dólar sobe

O Ibovespa bateu nos 134.574,5 pontos nesta quinta-feira (15), renovando a sua máxima histórica. Depois do pico, o índice cedeu um pouco. Ainda assim, fechou em alta e acima dos 134 mil pontos.

📈 O principal índice da B3 fechou com alta de 0,63%, aos 134.153 pontos. Foi o oitavo pregão consecutivo de ganhos e o maior patamar de fechamento desde 28 de dezembro de 2023.

Apesar de não ter segurado os 134.500 pontos nesta quinta-feira (15), o Ibovespa deve continuar em alta e pode até conquistar novos recordes em 2024, segundo especialistas.

O otimismo se explica pelo aumento das chances de cortes de juros nos Estados Unidos, bem como pelos resultados positivos que vêm sendo apresentados pelas empresas brasileiras.

🏦 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também contribuiu com o bom humor, ao dizer nesta quinta-feira (15) que não fará nenhuma "loucura" ao indicar o próximo presidente do Banco Central.

"Em economia não tem loucura, tem bom senso. Se eu fizer uma loucura e perder o controle, a gente leva o povo a um desastre. Eu não quero que a inflação volte, porque já vivi inflação de 80% ao mês", afirmou Lula, entrevista à Rádio T.

O dólar, por sua vez, não seguiu o bom humor e voltou a avançar sobre o real. A moeda subiu 0,27% e terminou o dia negociada a R$ 5,48.

EUA

Os Estados Unidos contabilizaram 227 mil pedidos de seguro-desemprego na semana passada, abaixo do esperado pelo mercado. Já as vendas do varejo subiram 1% em julho, acima do esperado.

Os dados ajudaram a afastar o temor de uma recessão, que balançou os mercados recentemente. A avaliação agora é de que a economia americana pode estar caminhando para um "pouso suave" e que o corte de juros está quase certo para setembro.

Diante disso, as bolsas americanas também subiram forte nesta quarta-feira (15). Veja:

• Dow Jones: 1,39%;
• S&P 500: 1,61%;
• Nasdaq: 2,34%.

Altas

A Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) também ajudaram o Ibovespa nesta quinta-feira (15). A estatal avançou 1,54% na bolsa, na esteira da alta dos preços do petróleo. Já a mineradora subiu 0,41%, mesmo com o minério de ferro em queda.

A maior alta do dia na bolsa, contudo, foi do IRB (IRBR3). A seguradora disparou 30,66%, depois de mais do que triplicar o seu lucro no segundo trimestre, mesmo diante das chuvas no Rio Grande do Sul.

Já a Oi (OIBR3) avançou 10,70%, depois de lucrar no segundo trimestre, após dois anos de prejuízo.

Veja outras altas do dia:

• Magazine Luiza (MGLU3): 4,32%;
• Ambev (ABEV3): 3,74%;
• Marfrig (MRFG3): 2,03%.

Baixas

Por outro lado, a Americanas (AMER3) despencou 57,58% e terminou o dia com as ações negociadas por R$ 0,14, depois de reportar um prejuízo de R$ 2,3 bilhões em 2023, o ano que revelou as fraudes contábeis que levaram a varejista à recuperação judicial. 

Já a Petz (PETZ3) tombou 8,90%, após mostrar redução no lucro do segundo trimestre de 2024. Veja outras baixas do dia:

• Natura (NTCO3): -5,76%;
• Cemig (CMIG4): -3,84%;
• Multiplan (MULT3): -2,71%.