Haddad culpa opositores de Lula por ataques ao Banco do Brasil (BBAS3)
Fala do ministro da Fazenda acontece logo após a estatal tomar medidas judicias contra desinformação nas redes sociais.

Após o Banco do Brasil (BBAS3) acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) contra publicações falsas nas redes sociais envolvendo a Lei Magnitsky, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse neste final de semana que são os opositores ao governo Lula os responsáveis pelos ataques à estatal.
"Tem bolsonaristas em rede social defendendo saques de valores no Banco do Brasil", disse o ministro da Fazenda durante entrevista transmitida neste sábado (23) ao canal do YouTube do jornalista Luiz Nassif, o TV GGN.
Postagens contendo desinformação espalham na internet a existência de sanções estrangeiras contra a instituição financeira e de bloqueio de ativos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dessa forma, recomendando a retirada de recursos do Banco do Brasil.
Em nota oficial, divulgada à imprensa, o Banco do Brasil afirma que já está ciente do surgimento de publicações inverídicas e maliciosas que disseminam informação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico e induzir a população a decisões que podem prejudicar a sua saúde financeira.
"Há projetos no Congresso Nacional para perdoar dívidas do agro, que não está com problemas. Está aumentando a inadimplência [no BBAS3] por uma ação consertada, uma ação deliberada de bolsonaristas que estão tentando minar as instituições públicas", comentou Haddad ao jornalista.
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Carteira do agronegócio no BBAS3
Apesar do ministro da Fazenda ter afirmado em entrevista que o agronegócio não enfrenta problemas, os resultados do Banco do Brasil em 2025 foram impactos justamente pela deterioração da carteira de crédito ligada aos produtores rurais.
Um dos pontos de atenção no relatório da estatal no 2T25 apresentado ao mercado diz respeito ao custo de crédito, formado pelas despesas de perda esperada somadas aos descontos concedidos e deduzidas das receitas com recuperação de crédito, que alcançou R$ 26,1 bilhões.
Essa linha no balanço do Banco do Brasil foi influenciada, principalmente, pela continuidade da dinâmica agravada da carteira de agronegócio, cuja inadimplência alcançou 3,49% no 2T25.
"Apesar do cenário positivo para a safra no Brasil em 2025, com uma colheita recorde, e do elevado percentual de garantias nessa carteira, há um estoque de operações que não foram pagos na safra 2024/2025, inclusive, por conta das recuperações judiciais no setor – que exigem maior provisionamento sob a nova regulação", destaca a administração no relatório de resultados.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em BBAS3 há 10 anos, hoje você teria R$ 4.006,30, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 3.111,80 nas mesmas condições.

BBAS3
Banco do BrasilR$ 20,50
-23,80 %
5,48 %
9.26%
7,41
0.65

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