Fintech fundada por brasileiros se prepara para abrir capital nos EUA

Brex tem foco na gestão de despesas corporativas

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Publicado em 14/06/2024 às 19:26h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 14/06/2024 às 19:26h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
Da esquerda para a direita: Pedro Franceschi e Henrique Dubugras. Foto: Divulgação
Da esquerda para a direita: Pedro Franceschi e Henrique Dubugras. Foto: Divulgação

💳 A fintech Brex é um dos cases brasileiros de maior popularidade no exterior. Ela foi fundada em 2017 por Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, que hoje atuam como co-CEOs da empresa, mas devem se separar.

Embora tenha sido fundada por dois brasileiros, a empresa tem sede em São Francisco, nos Estados Unidos, com foco no gerenciamento de despesas corporativas. Henrique e Pedro agora estão mudando o modelo de gestão para uma versão mais tradicional mirando o próximo passo que é a abertura de capital na bolsa de valores dos Estados Unidos.

Em entrevista ao portal TechCrunch, eles destacam que o molde atual, em que os dois dividem a direção, pode ser um gargalo para o crescimento. A dupla antecipou que têm planos de fazer o IPO em meados do ano que vem, então precisam adequar o perfil ao que os investidores mais buscam.

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"Acho que estamos em uma escala em que estamos começando a ver algumas das rachaduras no modelo de co-CEO", disse Dubugras à reportagem. "Depois de conversar, pensamos que isso ajudaria o negócio a ter sucesso. Pensamos que isso permitiria uma tomada de decisão muito mais rápida e melhor”.

Em sua última rodada de captação, há dois anos, quando levantou R$ 1,5 bilhão, a Brex foi avaliada em R$ 66,1 bilhões. Poucos meses depois, mesmo com o dinheiro em caixa, a empresa decidiu demitir 136 pessoas, número equivalente a 11% do quadro de funcionários.

Em janeiro do ano passado, fez outro corte, este de um quinto dos funcionários, somando mais de 280 pessoas. Segundo os fundadores, hoje são 1 mil empregados, que se dividem nas unidades de operação da companhia.

"O maior benefício após a demissão não foi apenas a redução de custos, mas a forma como a empresa opera", argumentou Franceschi.

"Acho que uma peça importante para ter uma empresa pública de menor volatilidade é ter fluxo de caixa positivo e ganhar dinheiro, que é algo que historicamente planejamos para 2025. Então, se isso acontecer em 2025, [o IPO] será logo depois. Mas precisamos chegar lá primeiro."