Eternit (ETER3) chega ao fim de uma era em 2025; entenda

Companhia descontinua negócios de telhas de concreto por rentabilidade abaixo do esperado.

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Publicado em 16/12/2025 às 20:57h - Atualizado Agora Publicado em 16/12/2025 às 20:57h Atualizado Agora por Lucas Simões
Grupo Eternit controla a Tégula S.A., que toca operação de telhas de concreto (Imagem: Divulgação)
Grupo Eternit controla a Tégula S.A., que toca operação de telhas de concreto (Imagem: Divulgação)
O Grupo Eternit (ETER3), até o momento, não conseguiu atrair o interesse maciço dos investidores desde que pôs fim ao seu processo de recuperação judicial em agosto de 2024, com suas ações recuando -35% desde então. Nesta reta final de 2025, chega ao fim a continuidade de sua operação de telhas de concreto.
Afinal de contas, o seu conselho de administração decidiu nesta terça-feira (16) descontinuar as atividades da operação telhas de concreto, que era executada pela sua empresa controlada Tégula S.A.
Com mais de 45 anos de experiência no mercado, a Tégula é a maior e mais conceituada fabricante de telhas de concreto do Brasil, importante fornecedora para a indústria de construção civil. Todavia, a rentabilidade do negócio não para em pé.
"O desempenho operacional deste segmento apresentou volumes de operação significativamente abaixo do esperado, com resultado deficitário, e a administração do Grupo Eternit concluiu que a manutenção da atuação nesse segmento deixou de atender aos critérios econômico-operacionais rentáveis", afirma Carisa Cristal, diretora financeira e de relações com investidores da ETER3, em comunicado.
Na visão da executiva, o Grupo Eternit segue revisando seu portfólio de negócios, com foco em operações alinhadas à sua estratégia e aos critérios de rentabilidade e eficiência operacional.
As ações do Grupo Eternit já foram uma das queridinhas na carteira do megainvestidor Luiz Barsi Filho, embora o tubarão brasileiro ainda detenha 5,62% do capital social da empresa. O principal baque do Grupo Eternit se deve à classificação do amianto como cancerígeno em 2017, composto que estava presente nas linhas de produção de fios de polipropileno da empresa.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em ETER3 há dez anos, hoje você teria R$ 397,80, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 3.522,50 nas mesmas condições.

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