Conheça os melhores títulos do Tesouro Direto para investir em outubro, segundo Itaú e XP
Ambas as casas de análise veem oportunidades interessantes tanto para o curto quanto para o médio e longo prazo.
💲 O cenário para os investidores de renda fixa está em constante transformação, especialmente diante das recentes projeções para a taxa Selic, que apontam para uma alta significativa até o final de 2024.
Nos últimos meses, o patamar de 10,50% para a Selic era considerado positivo para a rentabilidade de diversos ativos.
Entretanto, a perspectiva agora gira em torno de 11,75%, o que torna alguns títulos do Tesouro Direto ainda mais atraentes, principalmente os pós-fixados e indexados à inflação.
Em outubro, as recomendações de grandes instituições financeiras, como Itaú BBA e XP Investimentos, refletem essas mudanças nas expectativas de juros.
Ambas as casas de análise veem oportunidades interessantes tanto para o curto quanto para o médio e longo prazo.
A seguir, detalhamos os títulos recomendados para este mês e os motivos por trás dessas sugestões.
Tesouro Selic: Aposta para liquidez e segurança
O Tesouro Selic é o destaque entre os títulos pós-fixados.
De acordo com as análises do Itaú BBA e da XP, esse título continua a oferecer retornos nominais e reais (acima da inflação) elevados, mantendo sua posição como um dos mais indicados para os investidores que buscam liquidez, amortização da volatilidade e ganho consistente.
Enquanto o Itaú BBA sugere o Tesouro Selic 2027, a XP prefere o título com vencimento em 2029, destacando que ambos são opções interessantes, sobretudo no atual ambiente de juros elevados.
Segundo o relatório do Itaú BBA, “a manutenção da recomendação no Tesouro Selic 2027 se justifica pelo seu papel de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e rentabilizar o capital acima da inflação”.
Além disso, o Tesouro Selic foi o título de renda fixa que mais se valorizou em 2024 até setembro, com uma alta de 8,20%, segundo o índice IMA-S da Anbima, que acompanha a performance desses papéis.
📊 Confira as taxas dos títulos pós-fixados recomendados para outubro:
Indexador | Título | Taxa |
Pós-Fixado | Tesouro Selic 2027 | Selic + 0,05% |
Pós-Fixado | Tesouro Selic 2027 | Selic + 0,1% |
Fonte: Itaú BBA e XP Inc.
Tesouro Prefixado: Retorno elevado e previsibilidade
Para os investidores que desejam previsibilidade nos rendimentos, o Tesouro Prefixado surge como uma opção atraente.
Após a recente alta da Selic, que elevou os retornos dos prefixados para patamares acima de 12%, a XP recomenda os papéis de prazo intermediário, com vencimento em 2027, como uma escolha vantajosa.
A principal vantagem do Tesouro Prefixado é a segurança de saber exatamente quanto será o retorno no momento do vencimento, independentemente das oscilações futuras na taxa de juros.
Segundo a XP, “os prefixados oferecem uma boa oportunidade para travar taxas elevadas e garantir um retorno atrativo no futuro”.
Os papéis prefixados de prazo mais curto (com vencimento em até um ano), acompanhados pelo índice IRF-M 1 da Anbima, tiveram um desempenho expressivo em 2024, com valorização de 7,18% até setembro.
Já os títulos de vencimentos mais longos (acima de um ano), monitorados pelo IRFM 1+, acumularam ganhos de 2,50% no mesmo período.
📈 Confira o título prefixado recomendado para outubro:
Indexador | Título | Taxa |
Prefixado | Tesouro Prefixado 2027 | 12,40% |
Fonte: Itaú BBA e XP Inc.
Tesouro IPCA: Proteção contra a inflação
Os títulos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), conhecidos como Tesouro IPCA+, são recomendados para quem busca proteção contra a inflação e deseja um retorno garantido acima da variação dos preços no mercado.
No entanto, a XP e o Itaú BBA divergem sobre os prazos mais indicados para esses papéis em outubro.
A XP mantém a preferência por títulos de inflação com vencimento de curto prazo, com duração inferior a cinco anos, devido ao cenário volátil das projeções de juros que afetam diretamente o preço desses papéis.
De acordo com o índice IMA-B 5, que acompanha o desempenho dos títulos atrelados à inflação de curto prazo, esses papéis tiveram um rendimento de 5,30% até setembro de 2024.
Por outro lado, o Itaú BBA aposta nos papéis de prazo mais longo, como o Tesouro IPCA+ 2045, com uma taxa de IPCA+ 6,36%, considerando que a tendência de manutenção da Selic elevada nos próximos trimestres deve, a longo prazo, resultar em uma convergência dos retornos para um equilíbrio de 5,0% a.a. acima da inflação, níveis abaixo dos oferecidos atualmente.
📉 Confira os títulos indexados ao IPCA recomendados para outubro:
Indexador | Título | Taxa |
Inflação | Tesouro IPCA + 2028 | IPCA + 6,31% |
Inflação | Tesouro IPCA + 2029 | IPCA + 6,61% |
Inflação | Tesouro IPCA + 2045 | IPCA + 6,36% |
Fonte: Itaú BBA e XP Inc.
Para o investidor que busca oportunidades de rentabilidade no Tesouro Direto, o mês de outubro oferece um leque diversificado de opções.
A escolha entre títulos pós-fixados, prefixados ou indexados à inflação vai depender do perfil de risco e do horizonte de investimento de cada pessoa.
Enquanto o Tesouro Selic oferece liquidez e proteção contra a volatilidade, os papéis prefixados garantem retornos fixos atrativos, e os títulos atrelados ao IPCA protegem contra a inflação no médio e longo prazo.
Diversificar entre essas opções pode ser uma estratégia eficiente para proteger o patrimônio e, ao mesmo tempo, garantir retornos consistentes nos próximos anos.
Agora é a renda fixa que fará B3 (B3SA3) pagar mais dividendos
Genial Investimentos aponta avenidas de crescimento e preço-alvo da dona da bolsa de valores brasileira
Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira