Confiança da indústria recua novamente em outubro, diz FGV

O principal fator foi a queda de 1,3 ponto no Índice de Expectativas.

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Publicado em 29/10/2024 às 15:17h - Atualizado 23 dias atrás Publicado em 29/10/2024 às 15:17h Atualizado 23 dias atrás por Elanny Vlaxio
Dos 19 segmentos industriais pesquisados, sete registraram queda  (Imagem: Shutterstock)
Dos 19 segmentos industriais pesquisados, sete registraram queda (Imagem: Shutterstock)

📊 A confiança da indústria brasileira registrou sua terceira queda consecutiva em outubro, impulsionada principalmente pela piora nas expectativas para os próximos meses, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas).

Já o ICI (Índice de Confiança da Indústria) apresentou uma queda de 0,6 ponto em outubro, atingindo 99,9 pontos. “O resultado reforça a ideia do mês passado de um alerta ligado para fim do ano, dado que apesar de bons resultados recentes na demanda, o setor dá sinais de novo aumento dos estoques”, explicou o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini em nota.

📋O principal fator que contribuiu para a redução do Índice de Confiança da Indústria em outubro foi a queda de 1,3 ponto no Índice de Expectativas, que mede o otimismo das empresas em relação aos próximos meses.

A percepção das empresas sobre a produção futura se deteriorou, com o indicador de produção prevista registrando uma redução de 4,4 pontos, para 93,1 pontos, o pior resultado desde novembro do ano passado.

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Seguindo os recuos, o Índice de Situação Atual, que reflete a avaliação dos empresários sobre o momento presente da indústria, registrou uma pequena queda de 0,1 ponto em outubro, atingindo 102,9 pontos. No entanto, o componente que mede o nível de estoques apresentou uma redução mais significativa, caindo 3,4 pontos para 100,5 pontos.

📃Dos 19 segmentos industriais pesquisados, sete registraram queda na confiança em outubro, indicando um cenário de maior pessimismo em parte do setor. “No cenário macroeconômico, a taxa de juros se mantém alta com o intuito de conter pressões de custos num ambiente em que os indicadores de emprego e renda continuam positivos”, completou Pacini.

Cabe citar que em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 25 pontos-base, levando-a a 10,75% ao ano. A decisão foi motivada pela preocupação com a possibilidade de superaquecimento da economia e os riscos de alta para a inflação.