Capital estrangeiro volta à Bolsa e pode fechar 2025 com maior saldo em dois anos
Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro acumulado até novembro chegou a R$ 27,3 bilhões, revertendo com folga a saída observada em 2024.
🚨 A entrada de capital estrangeiro na B3 (B3SA3) caminha para encerrar 2025 com o maior saldo líquido dos últimos dois anos, após registrar um forte ingresso no acumulado do ano.
O movimento tem sido impulsionado pelo ambiente ainda atrativo para arbitragem de juros e pela percepção de que a Bolsa brasileira segue “barata” em relação a seus pares globais.
Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro acumulado até novembro chegou a R$ 27,3 bilhões, revertendo com folga a saída observada em 2024, quando o saldo terminou negativo em R$ 32,1 bilhões. Em 2023, o Brasil havia atraído R$ 44,8 bilhões em aportes externos.
No mês passado, o saldo de capital externo ficou positivo em R$ 2,06 bilhões, revertendo as saídas registradas em outubro, quando o movimento foi negativo em R$ 1,22 bilhão.
Ainda assim, o comportamento do fluxo foi volátil ao longo do mês. Entre os dias 21 e 28 de novembro, por exemplo, as saídas somaram mais de R$ 5,2 bilhões, após uma forte entrada registrada no dia 11 (R$ 1,04 bilhão).
Riscos globais e IA afetam o apetite por risco
O estrategista Bruno Takeo, da Potenza, explica que o apetite de investidores internacionais por emergentes sofreu uma trégua no fim de outubro e início de novembro, em meio a um aumento nas dúvidas em torno da rentabilidade de projetos ligados à inteligência artificial (IA), especialmente após euforia com o setor em 2023 e no início deste ano.
Segundo ele, embora os fundamentos da IA continuem sólidos, houve uma pausa especulativa, com alguns investidores realizando lucros e reavaliando posições.
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“O mercado buscava uma confirmação mais concreta da capacidade de geração de caixa das empresas de tecnologia. Isso impactou o fluxo para emergentes temporariamente.”
O receio foi parcialmente dissipado após a divulgação de resultados melhores que o esperado da Nvidia, o que renovou o otimismo e reacendeu o apetite por risco nos mercados globais, incluindo o Brasil.
Arbitragem de juros ainda favorece o Brasil – por enquanto
Mesmo com a expectativa de início do ciclo de queda da Selic nos próximos meses e um cenário de juros menores nos EUA, analistas ainda veem o Brasil como atrativo para alocação de capital estrangeiro, ao menos no curto prazo.
Atualmente, a Selic está em 15,00% ao ano, enquanto os juros americanos operam entre 3,75% e 4,00% ao ano, uma diferença considerável que favorece estratégias de carry trade.
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Perspectivas para 2026
Para o próximo ano, os especialistas projetam um cenário mais desafiador para o fluxo de capital externo.
A eleição presidencial de 2026 deve entrar com força no radar dos investidores a partir do segundo trimestre, trazendo mais volatilidade e possíveis revisões nas projeções de alocação.
📈 Além do ambiente político interno, o rumo da política monetária global, em especial do Federal Reserve, será determinante para definir se o Brasil continuará atraindo recursos, especialmente para renda variável.
B3SA3
B3R$ 14,05
45,71 %
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