Brasil corre risco de tarifas de 100%, e não é Trump que avisa, mas sim a Otan
Relação comercial com a Rússia ameaça produtos brasileiros a sanções comerciais, recado também dado à China e Índia.
Se não bastassem as tarifas comerciais de 50% contra produtos brasileiros aplicadas por Donald Trump a partir do dia 1º de agosto, o Brasil entra em rota de colisão para mais sanções comerciais, com alíquota de 100%, caso siga mantendo negócios com a Rússia, só que dessa vez o recado foi dado pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Nesta terça-feira (15), o secretário-geral Mark Rutte, que representa os 31 países da América do Norte e da Europa que participam da aliança militar, incluindo os Estados Unidos, alertou que não apenas o Brasil, mas também China e Índia, podem ser duramente penalizados, caso não pressionem pelo fim da guerra na Ucrânia, à qual se arrasta há mais de três anos desde que os russos invadiram a nação vizinha.
"Se a Rússia não levar a sério as negociações de paz, em 50 dias ele aplicará sanções secundárias a países como Índia, China e Brasil. Meu incentivo para esses três países em particular é que você pode querer dar uma olhada nisso, porque pode te atingir muito forte", disse Rutte.
Coincidentemente, a declaração do secretário-geral da Otan aconteceu no Congresso dos EUA, apenas um dia após o presidente americano anunciar tarifas comerciais de 100% sobre exportações russas, além de destinar novos armamentos ao governo ucraniano.
Mesmo que outros países do Brics, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, também estejam sendo pressionados a cortar relações com Moscou, o governo brasileiro tem sido o principal alvo recentemente no aquecido tabuleiro geopolítico.
Tanto que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou hoje, no Diário Oficial da União, a chamada Lei de Reciprocidade Econômica, que visa justamente responder às tarifas de 50% aplicadas por Trump, que devem afetar principalmente setores estratégicos da indústria nacional, sendo o principal exemplo na bolsa de valores, as ações da fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3).
Leia mais: Tarifa de Trump: Veja os produtos que o Brasil mais vende para os EUA
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