Cosan (CSAN3) e Shell avaliam aporte de R$ 10 bi para 'socorrer' a Raízen
Paralelamente às tratativas sobre o aporte, a Raízen avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões.
🚨 A maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, reduziu sua participação acionária na Raízen (RAIZ4) para 3,83%, conforme documento enviado ao mercado nesta terça-feira (3).
A gestora passou a deter pouco mais de 52 milhões de ações da companhia, mantendo sua posição como investidora financeira, sem intenção de influenciar o controle ou a administração da empresa.
Apesar da redução da participação, a ação da Raízen ganha força. Desde as mínimas do ano, registradas em 20 de maio, os papéis da companhia acumulam uma alta de cerca de 20%.
O principal impulso recente veio da notícia de que a Raízen teria fechado um novo acordo para repassar um grupo de projetos solares ao Pátria Investimentos, conforme reportado pelo portal NeoFeed.
Essa movimentação ocorre pouco mais de um ano após a empresa vender 31 usinas solares para a Élis Energia, controlada pelo mesmo Pátria, em operação avaliada em R$ 700 milhões.
Segundo o BTG Pactual (BPAC11), a venda de ativos não-core está alinhada com a estratégia da nova diretoria da companhia, que busca focar na redução do endividamento.
O objetivo é acelerar o desapego de ativos que demandam capital intensivo e baixo retorno.
“A decisão de vender usinas de geração solar é consistente com a necessidade de desalavancar o balanço. E a escolha por vender ativos de menor desempenho pode liberar caixa e melhorar o perfil financeiro da empresa”, avalia o BTG.
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No quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25), a Raízen enfrentou um cenário operacional desafiador.
A companhia registrou aumento de R$ 5,2 bilhões na dívida bruta, impulsionado por um consumo de capital de giro da ordem de R$ 7,1 bilhões.
Parte desse consumo veio da substituição de adiantamentos a clientes e do aumento das operações de forfait (desconto de recebíveis).
O Bank of America vê com bons olhos o movimento de venda de ativos, como usinas de cana-de-açúcar e projetos solares.
Para o banco, a venda de ativos pouco eficientes, como a usina de Leme — citada como uma das de pior desempenho da carteira da Raízen —, é positiva para preservar o caixa da empresa.
“O senso de urgência da nova administração está se concretizando. Vender ativos menos lucrativos evita que continuem drenando o caixa e prepara a Raízen para ganhos de eficiência a partir de 2027”, escreveram os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Gustavo Fabris em relatório recente.
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Os analistas ainda esperam um ano difícil em termos de consumo de caixa, mas projetam melhora a partir do ano fiscal de 2027. O capex (investimentos) deve ser reduzido, e a empresa trabalha para otimizar seu portfólio, focando em ativos mais rentáveis e estratégicos.
Com as vendas de ativos e uma estratégia mais agressiva de desalavancagem, a expectativa é que a empresa melhore gradualmente sua geração de caixa, algo que pode contribuir para uma recuperação mais consistente das ações.
📈 A Raízen, que vinha pressionada no mercado, agora parece estar encontrando um novo fôlego, mesmo diante da venda das ações da BlackRock.
Paralelamente às tratativas sobre o aporte, a Raízen avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões.
As ações da Raízen estão sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde 6 de outubro, o que caracteriza um penny stock segundo as regras da B3.
Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) também sobem, com combate à informalidade no setor de combustíveis.
A empresa anunciou as renúncias de Cristiano Pinto da Costa e Rodrigo Araújo Alves.
Produtora de açúcar e etanol traz resultados do segundo trimestre da atual safra 2025/2026.
Tanto a holding diversificada quanto sua joint-venture, que atua na produção de açúcar & etanol, estão sob nova direção.
O pagamento será feito à vista na conclusão do negócio, sujeito aos ajustes usuais de mercado.
A reorganização foi aprovada por unanimidade em AGE e integra o plano estratégico do grupo para centralizar os ativos.
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