Bancos pedem e Fazenda vai estudar alternativas ao aumento do IOF

Haddad discutiu o assunto com os presidentes da Febraban, Itaú, Bradesco, Santander e BTG.

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Publicado em 28/05/2025 às 13:58h - Atualizado 13 horas atrás Publicado em 28/05/2025 às 13:58h Atualizado 13 horas atrás por Marina Barbosa
Reunião ocorreu no Ministério da Fazenda (Imagem: Divulgação/Fazenda)
Reunião ocorreu no Ministério da Fazenda (Imagem: Divulgação/Fazenda)

O Ministério da Fazenda vai discutir alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), anunciado na semana passada.

A possibilidade de rever a medida foi admitida nesta quarta-feira (28), após reunião entre a equipe econômica e representantes dos principais bancos do país.

🗣️ "Vamos nos debruçar sobre as alternativas", afirmou o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, após a reunião.

Segundo ele, a pasta vai avaliar opções apresentadas pelos bancos e também propostas dos seus técnicos. O objetivo é ter "uma avaliação cuidadosa, séria, do que é melhor para o país neste momento".

O governo federal está sendo pressionado a rever o aumento do IOF, já que a medida deve encarecer o custo do crédito das empresas, além das compras internacionais e remessas ao exterior realizadas pelos brasileiros.

Durigan lembrou, no entanto, que uma eventual revisão da medida teria um impacto fiscal. Afinal, o governo espera arrecadar cerca de R$ 18,5 bilhões com a medida e esse valor deve ajudar no cumprimento da meta fiscal deste ano.

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Bancos

🏦 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu o aumento do IOF com o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, e os CEOs de quatro bancos listados na B3 nesta quarta-feira (28).

Participaram da reunião:

Segundo Isaac Sidney, os bancos mostraram ao ministro que o aumento do IOF deve ter "impactos severos e relevantes" no custo do crédito. Logo, pode afetar negativamente as micro, pequenas e médias empresas, por exemplo.

Os bancos pediram, então, que a medida fosse revista pelo governo e apresentaram algumas propostas para isso, tanto por meio de fontes alternativas de receita, quanto pela redução de despesas.

"Achamos que o equilíbrio das finanças públicas não deveria se dar por meio do aumento de impostos, sobretudo de imposto regulatório", afirmou o presidente da Febraban.