Banco do Brasil (BBAS3) renegocia quase R$ 2 bi em dívidas de produtores gaúchos

A renegociação oferece aos produtores prazo de até nove anos para quitação dos débitos, com financiamento operado por meio do BNDES.

Publicado em 05/12/2025 às 19:01h - Atualizado Agora Publicado em 05/12/2025 às 19:01h Atualizado Agora por Matheus Silva

Mais de 30 mil produtores gaúchos estão aptos a acessar a renegociação (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou ter renegociado R$ 1,8 bilhão em dívidas de produtores rurais do Rio Grande do Sul, em resposta aos impactos climáticos severos que atingiram o Estado nos últimos anos.

As operações foram realizadas com base nas condições especiais previstas pela Medida Provisória nº 1.314/2025, que permite a liquidação ou amortização de dívidas relacionadas a crédito de custeio, investimento e Cédulas de Produto Rural (CPRs).

Segundo a instituição, do total renegociado, R$ 672 milhões referem-se a contratos com recursos livres, enquanto os outros R$ 1,2 bilhão envolvem fontes de crédito controladas.

A renegociação oferece aos produtores prazo de até nove anos para quitação dos débitos, com financiamento operado por meio do BNDES.

Para serem elegíveis às novas condições, os produtores precisam comprovar perdas mínimas de 30% em pelo menos duas safras entre 2020 e 2025 e estar localizados em municípios incluídos no decreto de calamidade reconhecido pela União.

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Mais de 30 mil produtores gaúchos estão aptos a acessar a renegociação, mas nem todos ainda procuraram o banco. “Há produtores que se enquadram na MP e ainda não nos procuraram”, alertou o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt.

“Sabemos que cada um vive uma combinação específica de fatores — preço, clima, juros e histórico de prorrogações. Por isso, é fundamental nos procurar para ajustar parcelas e oferecer fôlego imediato ao fluxo de caixa”, afirmou o executivo.

📈 O movimento do BB reforça seu papel histórico como principal financiador do setor agropecuário brasileiro e sinaliza seu comprometimento em mitigar os efeitos da crise climática no campo, em especial no Rio Grande do Sul, estado que ainda enfrenta os reflexos das enchentes de maio de 2024.