Azul, Gol e Latam devem comprar aviões da Embraer
Governo quer que companhias aéreas comprem aviões produzidos no Brasil como contrapartida para financiamentos subsidiados pelo poder público.

Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e Latam estão perto de fechar um acordo para comprar aviões da Embraer (EMBR3). Foi o que disse o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante, na sexta-feira (19).
🏦Segundo Mercadante, o governo deve exigir a compra de aviões da Embraer como uma contrapartida do socorro que está sendo planejado para ajudar as companhias aéreas brasileiras a superar a crise da covid-19. A ideia é, além de financiar as aéreas, estimular a indústria nacional.
"Precisamos apoiar essas empresas, mas elas precisam comprar aviões da Embraer. Essa é uma condição fundamental para todo o esforço que o governo está fazendo. […] A contrapartida é gerar empregos e impostos, para continuar fortalecendo as finanças públicas", declarou Mercadante.
Em entrevista, o presidente do BNDES indicou ainda que as principais companhias aéreas brasileiras teriam aceitado essa condição. Segundo ele, "Latam, Azul e Gol já estão bem avançadas nesse diálogo".
"Temos sigilo comercial, não vou entrar em detalhes, mas as três empresas estão bem avançadas na perspectiva de voar Embraer”, afirmou.
Leia também: Embraer (EMBR3): Carteira de pedidos atinge recorde e fecha em US$ 2,1 bi
De acordo com Mercadante, apenas 12% da frota dessas companhias é da Embraer e há espaço para a compra de novos aviões, já que a demanda por voos comerciais se recuperou após o baque sofrido na pandemia de covid-19. Além disso, a Boeing (BOEI34), concorrente da Embraer, vem enfrentando problemas e atrasos na entrega de encomendas.
✈️ Diante desse cenário, a carteira de pedidos da Embraer avançou 20% e atingiu US$ 21,1 bilhões, o maior valos dos últimos sete anos, no segundo trimestre de 2024. A Embraer entregará 32 jatos comerciais E175 apenas para a American Airlines.
A exportação dessas aeronaves será financiada pelo BNDES, por meio de um contrato de aproximadamente R$ 4,5 bilhões, confirmado na sexta-feira (19), em cerimônia que contou com a presença de Mercadante, do CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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