Avaliação do governo Lula piora e reprovação ultrapassa 50%, aponta pesquisa

Os dados revelam que a reprovação à gestão petista saltou para 50,8% em fevereiro, um aumento de 4,3 p.p em relação à pesquisa anterior,

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Publicado em 07/03/2025 às 12:14h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 07/03/2025 às 12:14h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Rodrigues
A parcela da população que considera o governo "ótimo" ou "bom" praticamente não se alterou (Imagem: Shutterstock)
A parcela da população que considera o governo "ótimo" ou "bom" praticamente não se alterou (Imagem: Shutterstock)

🚨 A popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou uma piora significativa nos últimos meses, conforme indica um levantamento recente realizado pelo instituto AtlasIntel.

Os dados revelam que a reprovação à gestão petista saltou para 50,8% em fevereiro, um aumento de 4,3 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de janeiro, que apontava 46,5% de avaliações negativas.

Por outro lado, a parcela da população que considera o governo "ótimo" ou "bom" praticamente não se alterou, oscilando de 37,8% para 37,6%.

Já aqueles que avaliam a administração como "regular" caíram de 15,6% para 11,3%, refletindo um crescimento na polarização das opiniões sobre o governo.

A pesquisa, realizada entre os dias 24 e 27 de fevereiro, ouviu 5.710 eleitores por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual, com um índice de confiança de 95%.

Grupos mais críticos ao governo

Entre os segmentos do eleitorado que demonstram maior insatisfação com o governo Lula, os evangélicos lideram com 76,3% de avaliações negativas.

Regiões como o Sul (62,7%) e o Centro-Oeste (59,3%) também se destacam entre os mais críticos à gestão petista.

Em contrapartida, os grupos que mais apoiam o governo são os ateus e agnósticos (57,3%), os eleitores com mais de 60 anos (53,3%) e aqueles com escolaridade até o ensino fundamental (51,8%).

Desempenho em áreas específicas

A pesquisa também analisou a percepção da população sobre a atuação do governo em diferentes setores.

Os piores índices de satisfação foram registrados em temas como impostos e carga tributária (58% de avaliações "péssimas"), segurança pública (57%) e responsabilidade fiscal.

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Por outro lado, as políticas sociais (35%) e a criação de empregos (34%) foram os pontos mais elogiados.

Ao comparar a gestão atual com o governo anterior, 49,4% dos entrevistados afirmaram que Lula é pior do que Jair Bolsonaro (PL), enquanto 48,9% disseram que o governo petista é melhor. Apenas 1,7% consideram as duas administrações equivalentes.

Bolsonaro empata com Lula para 2026

A pesquisa AtlasIntel também simulou possíveis cenários para as eleições presidenciais de 2026, trazendo um panorama da disputa eleitoral futura.

Mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro continua sendo um nome de destaque, com intenção de voto superior à de Lula em um eventual primeiro turno que inclua o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).

Nesse cenário, Bolsonaro aparece com 45,8%, contra 42,9% de Lula. Ciro registra 4,4%, enquanto Tebet soma 2,7%.

Se a disputa fosse para o segundo turno entre Lula e Bolsonaro, haveria um empate técnico: Bolsonaro teria 49% das intenções de voto, enquanto Lula ficaria com 48%, demonstrando a continuidade da polarização política no país.

Tarcísio se destaca como alternativa da direita

📊 Outro cenário testado envolveu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal candidato da direita no lugar de Bolsonaro. Nesse caso, Lula teria 41,6%, enquanto Tarcísio alcançaria 32,3%.

Nessa simulação, outros nomes também foram incluídos, como o cantor Gusttavo Lima (4,6%), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (4,6%), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (4,5%).

Tebet (3,2%), Pablo Marçal (2,5%), Eduardo Leite (1,5%) e Marina Silva (1,2%) também aparecem com pontuação mais baixa.

No segundo turno entre Lula e Tarcísio, o governador paulista venceria por 49% a 47%, confirmando um crescimento de sua popularidade no cenário nacional.

Eduardo Bolsonaro como opção da direita

A pesquisa também avaliou um possível cenário sem Bolsonaro na disputa, mas com a candidatura de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Nesse caso, Lula lideraria a corrida com 41,5%, enquanto Eduardo Bolsonaro ficaria com 23,8%.

Outros candidatos incluídos nesse cenário foram Romeu Zema (10%), Ronaldo Caiado (6,4%), Gusttavo Lima (4,1%), Simone Tebet (3,4%), Pablo Marçal (3,2%), Eduardo Leite (1,9%) e Marina Silva (1,3%).

No segundo turno entre Lula e Eduardo Bolsonaro, o petista venceria com 48%, contra 44% do deputado federal.

Cenário político segue imprevisível

Enquanto Bolsonaro ainda é um nome forte mesmo inelegível, Tarcísio de Freitas desponta como uma alternativa viável para a direita.

📈 Por outro lado, Lula enfrenta desafios para ampliar sua aprovação e consolidar uma base eleitoral forte até 2026.