Apple é processada por inflar promessas em IA e perde US$ 900 bi em valor de mercado

🚨 A Apple (AAPL34) se tornou alvo de uma ação coletiva por suposta fraude em valores mobiliários, movida por acionistas que alegam terem sido enganados quanto ao verdadeiro estágio de desenvolvimento da inteligência artificial (IA) na assistente de voz Siri.

A ação foi protocolada nesta sexta-feira (21) no tribunal federal de São Francisco, na Califórnia, e envolve perdas bilionárias para investidores da companhia.

Segundo a queixa, a Apple teria deliberadamente superestimado o avanço de sua IA, particularmente em relação à integração com os dispositivos iPhone, com destaque para o modelo iPhone 16.

A acusação sustenta que, durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC) de 2024, a empresa criou uma expectativa artificial ao anunciar o Apple Intelligence, pacote que prometia tornar a Siri mais “poderosa e intuitiva”.

Contudo, os acionistas alegam que a Apple não possuía um protótipo funcional de tais recursos no momento da divulgação e tampouco teria fundamentos técnicos sólidos para acreditar que as inovações estariam prontas para os próximos lançamentos.

Como resultado, investidores que confiaram nas promessas da empresa acabaram acumulando perdas significativas após a decepção do mercado com os anúncios seguintes.

Impacto no mercado

A frustração ganhou força especialmente após 7 de março, quando a Apple anunciou o adiamento de atualizações-chave da Siri para 2026.

A decepção foi consolidada na WWDC de 2025, quando analistas classificaram os avanços divulgados como modestos e aquém das expectativas criadas um ano antes.

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Desde o pico em 26 de dezembro de 2024, as ações da Apple acumulam queda próxima de 25%, o que representa uma perda de valor de mercado de aproximadamente US$ 900 bilhões.

Esse declínio é apontado pelos acionistas como consequência direta da frustração com o ritmo lento da empresa na corrida da inteligência artificial — uma área que tem dominado as atenções de Wall Street.

Réus e silêncio da Apple

Além da Apple, também são citados no processo o CEO Tim Cook, o atual diretor financeiro Kevan Parekh e o ex-CFO Luca Maestri. Nenhum dos réus se manifestou publicamente até o momento.

A ação é liderada por Eric Tucker, que representa um grupo de investidores afetados pelas supostas omissões da companhia entre junho de 2024 e junho de 2025.

📊 A ação busca reparação financeira pelas perdas sofridas e questiona a conduta ética e de governança da gigante de tecnologia, especialmente em um momento em que a concorrência no setor de IA se intensifica com nomes como Microsoft (MSFT34), Google (GOGL34) e Nvidia (NVDC34) avançando em ritmo acelerado.