Após reunião com Lula, bancos falam em "firme compromisso" do governo com o fiscal

Ainda assim, Febraban pediu para presidente evitar ruídos e atacar problemas estruturais.

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Publicado em 16/10/2024 às 15:49h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 16/10/2024 às 15:49h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, Lula disse que não há espaço para erros no governo (Imagem: Febraban/Facebook)
Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, Lula disse que não há espaço para erros no governo (Imagem: Febraban/Facebook)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse aos principais banqueiros do país que o governo federal vai trabalhar para que a economia brasileira cresça de forma equilibrada e com equilíbrio fiscal. Ainda assim, os bancos pediram para o presidente evitar ruídos.

🏦 Lula reuniu-se com representantes dos quatro maiores bancos privados do Brasil e da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto. Na saída, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse ter percebido um "firme compromisso" do governo com o equilíbrio fiscal.

"Nós percebemos por parte do presidente, do ministro Haddad e do ministro Padilha, que há um firme compromisso do governo em avançar na busca efetiva do equilíbrio fiscal, para que as despesas possam não só caber dentro do Orçamento, mas que possam se equilibrar para que nós possamos ter uma trajetória de equilíbrio das despesas", afirmou.

🗣️ E seguiu: "Lula nos disse com assertividade que não há espaço para erros, para que a economia continue crescendo com equilíbrio fiscal".

Apesar dessa avaliação positiva, os bancos aproveitaram para dizer a Lula que "é fundamental dissipar os ruídos e as incertezas". "Fizemos um apelo ao governo para que seja persistente no equilíbrio econômico, para que possamos crescer de forma sustentável", contou Isaac Sidney.

Na avaliação do presidente da Febraban, o momento é positivo para o Brasil, já que a economia vem crescendo de forma consistente e a inflação está relativamente controlada, apesar de ainda preocupar o BC (Banco Central). Por isso, o governo deveria aproveitar essa janela de oportunidades para atacar problemas estruturais importantes.

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Isaac Sidney disse ainda que esta reunião com Lula não foi convocada por causa do recente aumento da percepção de risco fiscal. Segundo ele, o encontro foi solicitado há dois meses e "o presidente Lula tem linha direta com os presidentes dos bancos".

Além do presidente da Febraban, representantes de quatro bancos listados na B3 foram a Brasília para se reunir com Lula. Confira:

Bets e juros

A reunião ainda tratou da questão das bets e dos juros altos no Brasil. 

A Febraban mostrou preocupação com o impacto das apostas on-line no endividamento das famílias. Por isso, ressaltou a importância da regulação do governo e mostrou disposição para colaborar com a discussão sobre o tema.

Além disso, foi acertada a criação de um grupo de trabalho sobre os juros altos no Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Segundo Isaac Sidney, a elevação das taxas não interessa aos bancos, porque juros maiores implicam em maiores riscos de crédito.