Com 7 altas seguidas, Ibovespa atinge maior nível do ano

O Ibovespa engatou a sétima alta consecutiva nesta quarta-feira (14) e, com isso, retomou o patamar dos 133 mil pontos. O dólar, no entanto, também subiu.

📈 O principal índice da B3 avançou 0,69%, aos 133.317 pontos. É o maior patamar de fechamento do ano, pois a última vez que o Ibovespa fechou acima dos 133 mil pontos foi em 28 de dezembro de 2023.

A alta reflete, sobretudo, a perspectiva de que os juros dos Estados Unidos devem cair em setembro. As apostas pelos cortes de juros subiram nesta quarta-feira (14), depois de a inflação americana seguir uma trajetória de desaceleração em julho.

O CPI (índice de preços ao consumidor) subiu 0,2% no mês. Com isso, a taxa acumulada caiu de 3% para 2,9%, ficando mais perto da meta anual de 2% perseguida pelo Fed (Federal Reserve).

💵 O dólar, contudo, interrompeu a sequência de perdas ante o real. A moeda norte-americana subiu 0,35% e terminou o dia negociada a R$ 5,46.

De acordo com analistas, a moeda foi pressionado pelas incertezas fiscais que rondam o Brasil. Afinal, nesta quarta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que há uma divergência no governo entre os que priorizam a responsabilidade fiscal e os que defendem o aumento de gastos. 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, por exemplo, disse, também nesta quarta-feira (14), que "gastar muito às vezes é fundamental".

EUA

As bolsas americanas também tiveram um dia de ganhos, diante do aumento das apostas pelo corte de juros em setembro. Veja:

• Dow Jones: 0,65%;
• S&P 500: 0,38%;
• Nasdaq: 0,03%.

Altas

Os bancos e a Petrobras (PETR4) subiram forte nesta quarta-feira (14), ajudando a impulsionar o Ibovespa. O Itaú (ITUB4), por exemplo, ganhou 2,47% e a petroleira avançou 1,75%.

O dia também foi positivo para os frigoríficos, diante da retomada das exportações de carne de frango do Brasil para a China, com exceção do Rio Grande do Sul, cujos embarques seguem suspensos devido ao caso da doença de Newcastle identificado em julho.

A JBS (JBSS3), por exemplo, disparou 6,99%, puxada também pelos resultados do segundo trimestre. A temporada de balanços ainda impulsionou a Cemig (CMIG4), que ganhou 7,84%.

Veja outras altas do dia:

• Azul (AZUL4): 6,46%;
• Energisa (ENGI11): 4,36%;
• Sabesp (SBSP3): 1,38%.

Baixas

A Vale (VALE3) e outras mineradoras da B3, por outro lado, caíram diante da baixa dos preços internacionais do minério de ferro. A Vale recuou 0,92% e a CSN Mineração (CMIN3), -4,58%.

Destaque ainda para a Localiza (RENT3), que derreteu 16,84% depois de ampliar o prejuízo no segundo trimestre. E o BTG Pactual (BPAC11) perdeu 1,69%, mesmo com resultado positivo no trimestre.

Veja outras baixas do dia:

• Magazine Luiza (MGLU3): -4,14%;
• Raízen (RAIZ4): -4,13%;
• Cosan (CSAN3): -1,46%.