O real brasileiro (BRL) é a moeda oficial do Brasil, adotada em 1994 como parte do Plano Real para estabilização econômica. Representado pelo símbolo R$ e pelo código internacional BRL, o real é emitido pelo Banco Central do Brasil sendo utilizado em todo o território nacional.
A moeda brasileira opera em sistema de câmbio flutuante, com valor influenciado por fatores internos como política fiscal e monetária, inflação, taxas de juros e cenário político. Além disso, fatores externos, como a demanda global por commodities brasileiras e a oscilação do dólar americano, também impactam diretamente sua cotação.
O real costuma apresentar alta volatilidade em relação a moedas fortes como o dólar e o euro. Essa característica torna a moeda um ponto de atenção para investidores internacionais que operam com derivativos, fundos cambiais ou ações brasileiras.
Essa volatilidade pode afetar diretamente a rentabilidade de aplicações atreladas ao mercado local, exigindo uma gestão ativa de riscos cambiais. Em contrapartida, o real também oferece oportunidades táticas para investidores que buscam retornos com base em ciclos de juros e variações na balança comercial.
Real para dólar
A desvalorização do real frente ao dólar americano costuma ocorrer em cenários de incerteza, enquanto sua valorização está atrelada a ciclos de alta de commodities, juros elevados ou fluxo de capital estrangeiro.
Para investidores estrangeiros, a relação entre real e dólar é influenciada pela precificação de ativos brasileiros, especialmente em setores como agronegócio, mineração e energia.
Com a volatilidade do real, combinada com taxas de juros historicamente mais altas que as dos países desenvolvidos, a moeda se torna estratégica para carry trade, quando investidores tomam empréstimos em moedas mais baratas e aplicam em ativos de países com juros mais elevados, como o Brasil.
Esse diferencial de rendimento impulsiona o interesse estrangeiro pela Bolsa brasileira, onde aproximadamente 27% do capital movimentado em 2024 era proveniente de investidores internacionais.
O real, portanto, funciona como uma alavanca cambial e financeira para posicionamentos estratégicos em ativos domésticos, especialmente em momentos de valorização cambial e estabilidade fiscal.
Real para euro
A cotação do real para o euro é acompanhada por exportadores, importadores e investidores com relações comerciais com a União Europeia.
O euro, por ser uma moeda forte e estável, contrasta com a volatilidade do real, exigindo estratégias de proteção cambial em contratos internacionais e fundos com exposição mista.
Para investidores, essa paridade também influencia decisões de alocação, especialmente quando há variações nos juros da zona do euro ou mudanças na percepção de risco do Brasil.
Em períodos de valorização do real, ativos brasileiros se tornam mais acessíveis aos europeus, enquanto desvalorizações aumentam o custo de importações, afetando a balança comercial.
Real para moedas emergentes
O real também é comparado com outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e a lira turca, especialmente em carteiras que visam diversificação em mercados voláteis. Nessas relações, o real costuma refletir o apetite global por risco e a posição do Brasil em rankings de competitividade.