Vítimas da lama da Samarco vão ao STF contra cláusulas de novo acordo
O rompimento da barragem da Samarco aconteceu em 2015.

Vítimas da tragédia de Mariana, representadas por diversas entidades, entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o novo acordo de reparação da Samarco, alegando diversas inconsistências.
📃 As entidades alegam que algumas cláusulas do PID (Programa de Indenização Definitiva) são abusivas e discriminatórias, solicitando sua suspensão. Além disso, questionam a ausência dos atingidos nas negociações que resultaram no novo acordo, o que, segundo elas, compromete a legitimidade do processo.
“Embora tenham insistentemente reivindicado assento na mesa de negociação da repactuação, o direito de participação não lhes foi concedido. O documento, que tem mais de 1.300 páginas, chegou ao conhecimento dos atingidos apenas no dia da assinatura” dizem o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e a Anab (Associação Nacional dos Atingidos por Barragens), signatários da ação.
De acordo com a ação, o novo acordo violaria a Lei Federal 14.755/2023 e a Política Estadual de Atingidos por Barragens de Minas Gerais, que garantem o direito das vítimas de escolher livremente a forma de reparação.
📄 Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) liberou cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos, causando 19 mortes e impactando dezenas de municípios ao longo da Bacia do Rio Doce.
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Após três anos de negociações, um novo acordo de reparação foi assinado no dia 25 de outubro envolvendo Samarco, Vale (VALE3), BHP Billiton, governos e instituições de Justiça, com o objetivo de solucionar cerca de 80 mil processos judiciais relacionados ao desastre.
O TTAC (Termo de Transação e Ajustamento de Conduta), firmado em 2016, mostrou-se insuficiente para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem.
📝 A Fundação Renova, responsável pela gestão das medidas reparatórias, enfrentou diversas ações judiciais que questionavam sua atuação em áreas como indenizações, reconstrução de comunidades e recuperação ambiental. Além disso, sua independência em relação às mineradoras era constantemente contestada.
O novo acordo encerrou as atividades da Fundação Renova, estabeleceu uma nova forma de gestão para o processo de reparação e determinou que a Samarco invista R$ 100 bilhões adicionais ao longo de 20 anos.
Ele prevê ainda a criação de um fundo para financiar diversas ações de reparação, que serão gerenciadas de forma descentralizada, com a participação da União, dos estados e do Poder Judiciário. Além desses recursos, a mineradora se comprometeu a investir mais R$ 32 bilhões em outras medidas.
O STF, por sua vez, será responsável por aprovar o novo acordo. A data da análise ainda não foi definida. O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e a ANA (Associação Nacional dos Advogados do Brasil) pedem que os atingidos sejam consultados antes da aprovação e que seja criado um comitê para acompanhar a execução do acordo.

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