Vale (VALE3) bate no 3T25 sua maior produção de minério de ferro desde 2018

Mineradora divulga relatório de produção e vendas referente ao terceiro trimestre do ano (3T25).

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Publicado em 21/10/2025 às 19:58h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 21/10/2025 às 19:58h Atualizado 7 horas atrás por Lucas Simões
Gestão da VALE3 destaca realização de preços melhores na commodity (Imagem: Shutterstock)
Gestão da VALE3 destaca realização de preços melhores na commodity (Imagem: Shutterstock)
A Vale (VALE3) produziu 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre do ano (3T25), seu melhor desempenho desde 2018 e com saldo de 3,4 milhões de toneladas da commodity superior ao mesmo período de 2024, conforme relatório de produção e vendas publicado nesta terça-feira (21).
Houve um novo recorde trimestral do Projeto Ferro Carajás S11D, situado no Pará, além do avanço em inícios produtivos (ramp up) dos principais projetos da mineradora, que ajudam a entender o porquê do forte resultado no minério de ferro.
Por sua vez, a produção de pelotas de minério de ferro foi de 8 milhões de toneladas no 3T25, crescimento de 23% na comparação anual ou 2,4 milhões de toneladas a mais. 
Na produção de cobre, a Vale entregou 90,8 mil toneladas, avanço de 6% na base anual ou cerca de 4,9 mil toneladas a mais do metal precioso, devido principalmente à produção consistente na mina de Salobo e maiores volumes de concentrado provenientes das minas de Voisey's Bay e Sudbury. 
Já a produção de níquel da companhia totalizou 46,8 mil toneladas, com variação estável na base anual e produção recorde na refinaria de Long Harbour, compensando a manutenção realizada na refinaria de Copper Cliff, em Sudbury. 
Segundo a gestão da Vale, os três principais negócios (minério de ferro, cobre e níquel) estão progredindo em direção ao limite superior do guidance (projeção financeira) de produção para 2025.
  • Guidance Minério: Entre 325 e 335 milhões de toneladas / Realizado de janeiro a setembro é de 245,6 milhões de toneladas
  • Guidance Pelotas: Entre 31 e 35 milhões de toneladas / Realizado de janeiro a setembro é de 23 milhões de toneladas
  • Guidance Cobre: Entre 340 e 370 mil toneladas / Realizado de janeiro a setembro é de 274,3 mil toneladas
  • Guidance Níquel: Entre 160 e 175 mil toneladas / Realizado de janeiro a setembro é de 131 mil toneladas 

Vendas de commodities no 3T25

As vendas de minério de ferro atingiram 86 milhões de toneladas no 3T25, alta de 5% na comparação anual ou cerca de 4,2 milhões de toneladas a mais, mediante melhora da realização de preços. 
Vale mencionar que a formação de estoque de 4,5 milhões de toneladas de minério é atribuída principalmente às cargas em trânsito ao longo da cadeia de valor, devido aos maiores volumes de produtos concentrados na China (PFC). A expectativa é que esses estoques se transformem em vendas ao longo dos próximos trimestres.
Em termos de cobre pagável, a VALE3 negociou 90 mil toneladas, cerca de 14,8 mil toneladas a mais que na base anual, aproveitando o aumento de produção.
Já as vendas de níquel somaram 42,9 mil toneladas, cerca de 2,3 mil toneladas a mais na base anual. No 3T25, as vendas ficaram 3,9 mil toneladas abaixo da produção como parte da gestão de estoques, garantindo disponibilidade para vendas contratadas para o quarto trimestre.

Preço médio e prêmios no 3T25

A otimização da estratégia de portfólio de produtos da Vale levou a uma melhora nos prêmios de finos de minério de ferro, que aumentaram US$ 1,80 por tonelada ante o segundo trimestre do ano, atingindo US$ 0,7 por tonelada. No caso, a mineradora contou com maior contribuição de produtos com baixo teor de alumina, como BRBF, Mid-Grade Carajás e IOCJ.
O prêmio all-in para o minério de ferro totalizou US$ 2,10 por tonelada, cerca de US$ 1 por tonelada maior ante o segundo trimestre do ano, refletindo a combinação de maiores prêmios de finos e uma menor contribuição do negócio de pelotas.
O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 94,40 por tonelada no 3T25, cerca de US$ 9,30 por tonelada maior que o visto no segundo trimestre. Já o preço médio realizado de pelotas foi US$ 3,30 por tonelada menor, totalizando US$ 130,80 por tonelada, devido à redução dos prêmios trimestrais.
Falando do cobre, o preço médio realizado foi de US$ 9.818 por tonelada, incremento de US$ 833 por tonelada na mesma base comparativa. Por fim, o preço médio realizado de níquel ficou em US$ 15.445 por tonelada, cerca de US$ 355 por tonelada abaixo das comparações.

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