Vale (VALE3) assina acordo emergencial de barragens junto ao MPMG

Empresa destinará R$ 25 milhões à estruturação de órgãos públicos de proteção a pessoas e meio ambiente e Defesa Civil

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Publicado em 02/10/2023 às 11:24h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 02/10/2023 às 11:24h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
Fachada da Vale (Shutterstock)
Fachada da Vale (Shutterstock)

A Vale (VALE3) informou, no último domingo (1), que firmou um acordo junto ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e a Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil) para atualizar o Plano de Ação Emergencial. 

A mineradora destinará R$ 25 milhões à estruturação de órgão públicos de proteção a pessoas e meio ambiente e de Defesa Civil.

O acordo, segundo a Vale, reforça "o compromisso de desenvolver uma cultura de prevenção, estabelecendo métodos e procedimentos que garantam a segurança das pessoas e do meio ambiente nas áreas de atuação da empresa”.

Segundo o MPMG, a Vale tem 120 dias para atualizar o Plano de Ação Civil, que engloba rotas de fuga, plano de abastecimento de água potável, articulação com autoridades e definição com a Defesa Civil de estrutura de resposta, entre outros.

Colapsos de barragens da Vale

Em 2015, o colapso de uma das barragens de rejeitos de minério de ferro da Samarco Mineração S.A., empresa na qual a Vale detém uma participação de 50% no capital social, localizada no Complexo Minerário de Germano, em Mariana, Minas Gerais, abalou o Brasil. Isso porque causou fortes impactos sociais, ambientais e materiais na região.
Já em 2019, a Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, causou danos ainda maiores nos quesitos sociais, ambientais e materiais da região. A tragédia em Brumadinho deixou 270 mortos.
A Vale, até o momento, cumpre com suas obrigações de reparação e apoia as comunidades e pessoas impactadas pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho. 
"Ao longo desses quase três anos, para além do Acordo de Reparação Integral, a empresa avançou nos acordos de indenizações individuais, no processo de recuperação do meio ambiente e em ações nas áreas de infraestrutura urbana, saúde e capacitação profissional, entre outras. Desde 2019, foram desembolsados cerca de R$ 20 bilhões para promover a reparação e compensação dos danos sociais e ambientais. Esse montante considera R$ 2,6 bilhões destinados às indenizações individuais e os valores desembolsados previstos no Acordo de Reparação Integral, incluindo depósitos judiciais", informa mineradora em seu site.