United (U1AL34) registra mais uma ocorrência com Boeing 737

Empresa sofre com crise de reputação desde o começo do ano

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Publicado em 09/03/2024 às 09:00h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 09/03/2024 às 09:00h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Avião saiu da pista do Aeroporto de Houston, nos Estados Unidos. Foto: Reprodução
Avião saiu da pista do Aeroporto de Houston, nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

✈️ Nesta sexta-feira (8), a companhia aérea norte-americana United (U1AL34) registrou mais um incidente envolvendo um Boeing 737 Max.

Ao pousar no Aeroporto de Houston, a aeronave que vinha de Memphis derrapou, saiu da pista e parou no gramado lateral. Havia 160 passageiros a bordo, além de uma tripulação de 6 pessoas.

Segundo a companhia, durante o taxiamento, o piloto tentou virar a aeronave, que girou em 45 graus. Ninguém ficou ferido, mas os passageiros tiveram que desembarcar pelas escadas.

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Desde o começo do ano, a Boeing está envolvida em uma crise, depois que uma aeronave da Alaska Airlines perdeu parte de sua fuselagem durante o voo. O 737 Max-9 que fazia o trajeto entre Oregon e Portland, ambos nos Estados Unidos, conseguiu pousar em segurança.

"Faltava arte do avião e o vento era extremamente alto, mas todos estavam em seus assentos e com o cinto de segurança”, disse Elizabeth Lee, uma das passageiras a bordo, à rede britânica BBC. Uma colega complementou: “uma viagem do inferno”.

O incidente abriu uma série de investigações contra a empresa, e fez com que diversos países proibisse a operação destes modelos. A única companhia que operava com o Max-9 no Brasil era a caribenha Copa Airlines, que foi impedida de colocá-los no ar, mas depois recebeu autorização da ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) para retomar os voos.

Passageiros se recusam a voar

😠 Nesta semana, a rede norte-americana CNN destacou que diversos passageiros se recusam a fazer seus voos quando estes são programados para acontecer com modelos Boeing 737. Assim que chegam ao portão de embarque e constatam que se trata do modelo, os consumidores pedem realocação.

“Meu namorado não queria que eu voasse nele, então mudei meus planos de viagem para ter certeza de que não estava voando em nenhum tipo de Max”, disse Belén Estacio à reportagem. “Não importa qual seja o modelo, eu simplesmente nao quero voar neles. O incidente da Alaska foi mais uma confirmação de que a Boeing ainda não está sendo minuciosa e não está corrigindo seus problemas”, pontuou.

Prejuízo em 2023

No ano passado, a norte-americana entregou 528 aviões comerciais no mundo, montante que a deixa atrás somente da holandesa Airbus, que fez 735 entregas no período.

Mesmo este número não foi capaz de deixar a empresa no azul, já que ela fechou o acumulado de doze meses com um prejuízo de US$ 2,2 bilhões, conforme balanço divulgado no final de janeiro. Com isso, o valor negativo por ação foi de US$ 0,47.

A receita operacional da companhia, porém, cresceu mais de 10%, para US$ 22 bilhões, e o fluxo de caixa registrou US$ 3 bilhões.

Mas o foco do presidente e CEO Dave Calhoun a anunciar os resultados esteve mesmo em tentar reconstruir a reputação perante os investidores.

“À medida que avançamos, apoiaremos os nossos clientes, trabalharemos de forma transparente com o nosso regulador e garantiremos a conclusão de todas as ações para ganhar a confiança dos nossos stakeholders”.

U1AL34

United Airlines Holdings
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