Uma ação brasileira está rendendo mais que a Nvidia (NVDC34) em 2025, conheça
Futuro dos papeis brasileiros, contudo, é nebuloso, devido ao impacto das tarifas americanas.

Embora tenha virado sinônimo de valorizações históricas no mercado, a Nvidia (NVDC34) está sendo batida por uma ação brasileira neste ano.
Levantamento da Elos Ayta Consultoria explica que as ações da fabricante de chips americana valorizaram 30,72% no acumulado de 2025, até essa terça-feira (29).
✈️ Essa rentabilidade, no entanto, é menor do que o retorno oferecido em dólares pela Embraer (EMBR3).
De acordo com o levantamento, as ações da fabricante de aeronaves brasileira renderam 35,99% em dólar neste ano.
A Embraer desponta, então, como uma das melhores rentabilidades do ano para os investidores estrangeiros, superando a Nvidia e também outras big techs, as chamadas 7 Magníficas.
Veja a rentabilidade em dólar da Embraer e das 7 Magníficas em 2025, até 29 de julho:
- Embraer (EMBR3): 35,99%;
- Nvidia (NVDC34): 30,72%;
- Microsoft (MSFT34): 22,07%;
- Meta (M1TA34): 19,75%;
- Amazon (AMZO34): 5,30%;
- Alphabet (GOGL34): 3,65%;
- Apple (AAPL34): -15,43%;
- Tesla (TSLA34): -20,46%.
Longo prazo
📊 A Embraer também entrega uma rentabilidade superior à das 7 Magníficas no acumulado dos últimos 12 meses.
No longo prazo, a liderança é da Nvidia, mas a ação brasileira ainda se destaca frente a outras big techs, segundo o levantamento da Elos Ayta Consultoria.
Veja a rentabilidade em 1 ano:
- Embraer: 69,57%;
- Nvidia: 57,33%;
- Meta: 50,82%;
- Tesla: 38,39%;
- Amazon: 26,10%;
- Microsoft: 21,04%;
- Alphabet: 16,03%;
- Apple: -2,74%.
E em 5 anos:
- Nvidia: 1.582,62%;
- Embraer: 675,30%;
- Tesla: 221,39%;
- Meta: 201,70%;
- Microsoft: 162,17%;
- Alphabet: 158,51%;
- Apple: 128,97%;
- Amazon: 52,66%.
Incertezas à frente
💲 O futuro da Embraer, no entanto, está rodeado de incertezas por causa da tarifa de 50% que os Estados Unidos prometem aplicar sobre os produtos brasileiros a partir desta sexta-feira (1º).
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, chegou a dizer que a tarifa poderia causar danos similares aos da pandemia à companhia.
Na pandemia, a fabricante brasileira de aeronaves viu sua receita cair mais de 30% e, por isso, precisou cortar 20% do quadro de funcionários.
Para evitar essas perdas, o executivo está nos Estados Unidos tentando negociar o assunto. O governo brasileiro também teria pedido para que a companhia fique livre das tarifas americanas. Ainda não há, contudo, nenhum acordo com os Estados Unidos.
Em nota, a Embraer disse que "está ativamente engajada com as autoridades buscando restaurar a alíquota zero para o setor aeronáutico". Além disso, demonstrou confiança de "os governos brasileiro e dos EUA chegarão a um acordo satisfatório para ambos os países".
O que esperar das ações?
Diante desse cenário de incertezas, a Embraer tem enfrentado momentos de volatilidade na bolsa, que podem comprometer sua rentabilidade futura.
"Para os investidores, o cenário muda radicalmente: a ação, que até agora foi sinônimo de valorização, passará a conviver com um novo vetor de risco regulatório e comercial. A volatilidade pode aumentar e, com ela, o apetite por revisões de portfólio", comentou o CEO da Elos Ayta Consultoria, EinarRivero.
Para ele, a Embraer pode continuar voando na bolsa caso consiga se reposicionar e diversificar ainda mais suas exportações, fortalecendo a presença na Europa, Ásia ou América Latina.
"Mas, caso os Estados Unidos se tornem um mercado inviável, o impacto sobre receita, margens e projeções de crescimento será inevitável", alertou.

EMBR3
EMBRAERR$ 76,74
79,71 %
5,91 %
0.34%
25,71
3,10

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