Trump diz que China violou “totalmente” acordo com os EUA sobre tarifas

A China, por outro lado, pediu que os EUA acabem com as "restrições discriminatórias" contra Pequim.

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Publicado em 30/05/2025 às 13:59h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 30/05/2025 às 13:59h Atualizado 12 horas atrás por Elanny Vlaxio
Os dois países anunciaram uma pausa na guerra comercial no início do mês  (Imagem: Shutterstock)
Os dois países anunciaram uma pausa na guerra comercial no início do mês (Imagem: Shutterstock)

🗣️ Nesta sexta-feira (30), o presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), acusou a China de violar um acordo sobre tarifas com os Estados Unidos. "A China, talvez não de forma surpreendente para alguns, tem violado totalmente seu acordo com os EUA", disse Trump em publicação no Truth Social.

Ele disse ainda que só concordou em reduzir as tarifas para ajudar a China. "Há duas semanas, a China corria grave perigo econômico! As tarifas altíssimas que estabeleci tornaram praticamente impossível para a China vender no mercado dos Estados Unidos, que é, de longe, o número um do mundo".

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"Muitas fábricas fecharam e houve, para dizer o mínimo, 'agitação civil'. Eu vi o que estava acontecendo e não gostei. Para eles, não para nós. Fiz um acordo rápido com a China para salvá-los do que eu pensava que seria uma situação muito ruim, e eu não queria que isso acontecesse", escreveu.

💬 Após a acusação, o vice-chefe de gabinete de políticas da Casa Branca, Stephen Miller, disse que o governo Trump está preparando outras ações visando a China. “Isso abre todo tipo de ação para os Estados Unidos garantirem conformidade futura...Há medidas que já foram tomadas, há medidas que estão sendo tomadas, há medidas que estão sendo consideradas", afirmou. 

A China, por outro lado, pediu que os EUA acabem com as "restrições discriminatórias" contra Pequim. "Desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis", disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.

O acordo e a guerra tarifária 

Os Estados Unidos e a China concordaram no início deste mês reduzir durante 90 dias as chamadas tarifas recíprocas entre os dois países. Para os EUA, as tarifas cairão de 145% para 30%, já para a China, terá um redução de 125% para 10%, isso até o dia 14 de maio. 

A guerra tarifária entre os dois países começou em fevereiro. Os Estados Unidos adicionaram uma taxa extra de 10% sobre os produtos importados da China, somando aos 10% já existentes. No dia 2 de abril, Trump anunciou as tarifas recíprocas, incluindo uma nova alíquota de 34% sobre produtos chineses, o que elevou a tarifa total aplicada à China para 54%.

Com a reação da China — que impôs uma tarifa equivalente de 34% sobre produtos norte-americanos — a Casa Branca decidiu intensificar a resposta, aumentando em mais 50% as taxas sobre os produtos chineses. Assim, as tarifas dos EUA sobre a China chegaram a 104%.

💭  Ao ser informada de que a China elevaria as tarifas contra os EUA para 84%, a administração Trump decidiu subir novamente a taxa contra os chineses, desta vez para 145%. "Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social.

Como resposta, a China elevou suas tarifas para 125% e além de dizer que as tarifas dos EUA se tornarão "piada" também afirmou que irá ignorar novas medidas. “Mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso deixará de fazer sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”.

Já no dia 15 de abril, a Casa Branca informou que a China enfrenta tarifas de 245% sobre produtos que entram nos Estados Unidos. Segundo o governo norte-americano, a medida é uma resposta às ações retaliatórias do país asiático. Mais recentemente, Trump afirmou que as tarifas passarão por uma redução "substancial", embora não cheguem ao nível zero.