Terra Santa (LAND3) lucra R$ 7,4 milhões no 3T24 em meio à queda no preço da soja

Empresa atua na gestão de terras agrícolas, arrendando suas sete fazendas e explorando manejo florestal sustentável

Publicado em 11/11/2024 às 20:48h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 11/11/2024 às 20:48h Atualizado 1 dia atrás por Lucas Simões

Receita líquida cai 20% no trimestre, com saca de soja valendo menos (Imagem: Reprodução/Terra Santa)

🌱 A Terra Santa Propriedades Agrícolas (LAND3) registrou lucro líquido de R$ 7,4 milhões no terceiro trimestre do ano (3T24) ante o saldo de R$ 7,9 milhões no ano anterior, conforme resultados divulgados nesta segunda-feira (11).

O balanço apresentado ao mercado aponta que o recuo na lucratividade teve impacto da redução da receita do arrendamento em razão da queda no preço de mercado da soja no ano safra 2023/24 e 2024/25 quando comparado ao ano safra 2022/23.

Já o ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 12,2 milhões, redução de 30% ante o resultado obtido um ano antes, com margem ebitda também caindo de 77,5% para 68%, respectivamente.

As despesas operacionais da companhia somaram R$ 5,4 milhões no 3T24, incremento de 15,8% entre os períodos, enquanto a dívida líquida alcançou R$ 82 milhões ao fim do trimestre.

Receita em dólar da Terra Santa

Em termos de receita líquida, a Terra Santa Propriedades Agrícolas teve saldo de R$ 17,9 milhões no 3T24, contra R$ 22,6 milhões no mesmo período de 2023.

Isso porque a receita líquida de arrendamento no valor de R$ 17,5 milhões (21,2% inferior à base anual), é composta pela apropriação de dois sobre doze avos da receita de arrendamento da safra 2023/24, fixada ao preço de R$ 101,63 por saca de soja, e um sobre doze avos da receita de arrendamento da safra 2024/25, considerado preço de mercado de R$ 107,14 por saca de soja.

🗓️ Nos termos dos contratos de arrendamento dos imóveis rurais da Terra Santa firmados com a SLC Agrícola (SLCE3), a companhia tem a receber ao final de abril de cada ano o valor correspondente a 17 sacas de soja por hectare arrendado, valor este renegociável a cada 3 anos.

Como a saca de soja é cotada em dólares na Bolsa de Commodities e Mercadorias de Chicago (CBOT), a Terra Santa tem uma exposição ativa à variação do dólar contra o real e ao preço da saca de soja.