Tarifas de Trump derrubam ações de siderúrgicas da B3

A Gerdau é a empresa que pode ser menos prejudicada com a medida.

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Publicado em 12/03/2025 às 13:44h - Atualizado Agora Publicado em 12/03/2025 às 13:44h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para o país norte-americano (Imagem: Shutterstock)
O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para o país norte-americano (Imagem: Shutterstock)

📉 As ações de siderúrgicas na B3 despencam na tarde desta quarta-feira (12) após as tarifas de 25% sobre o aço importados de outros países entrarem em vigor nos Estados Unidos. Às 12h30 (horário de Brasília), as ações da Gerdau (GGBR4) registravam queda de 0,89%, cotadas a R$ 16,65; as da Usiminas (USIM5) recuavam 0,80%, para R$ 5,80; e as da CSN (CSAN3) perdiam 0,80%, valendo R$ 8,36.

O Investidor10 já havia antecipado que as três ações poderiam sentir algum impacto com as tarifas, visto que o Brasil é um dos principais fornecedores de aço para o país norte-americano. Segundo Rodolpho Damasco, sócio e head do Private Offshore da Nomos Investimento, a Gerdau é a empresa que pode ser menos prejudicada com a decisão.

"A Gerdau, por ter operações nos EUA, pode sofrer menos, já que pode atender à demanda local sem depender das exportações. No entanto, para as empresas que não possuem essa estrutura, a necessidade de buscar novos mercados e lidar com um possível excesso de oferta interna pode pressionar margens e impactar a geração de empregos no setor", explicou.

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📊 Os analistas do BTG Pactual (BPAC11) também acreditam que a taxação pode ser benéfica para a empresa, já que, com as importações mais caras, a companhia pode ganhar competitividade nos Estados Unidos. Eles sinalizam, no entanto, que o cenário ainda não é totalmente favorável, visto que, a capacidade da indústria siderúrgica norte-americana ronda os 73%.

Por outro lado, o analista da Nomos Investimentos ressaltou ainda um "efeito cadeia na economia", visto que as exportações podem cair e gerar tensões comerciais globais.

"Há um efeito em cadeia na economia. Se as exportações caírem, a produção pode desacelerar, afetando fornecedores, transportadoras e outros segmentos ligados à siderurgia e à mineração. Também há o risco de que essa medida gere tensões comerciais globais e represálias, dificultando o cenário para o Brasil", acrescentou.