Selic em 13,25%: Ainda vale a pena investir em fundos imobiliários?
Com os juros em um patamar elevado, os investidores naturalmente se questionam se os FII’s ainda valem a pena. Confira.
🚨 A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 13,25% ao ano gerou reflexos significativos no mercado financeiro, especialmente no setor de fundos imobiliários (FIIs).
Com os juros em um patamar elevado, os investidores naturalmente se questionam se essa classe de ativos ainda representa uma boa alternativa de investimento.
Embora o cenário pareça desafiador, há oportunidades estratégicas para quem busca construir patrimônio no longo prazo.
O impacto da alta da Selic nos fundos imobiliários é inegável, mas essa nova configuração do mercado pode abrir espaço para investidores que sabem identificar boas oportunidades e atuar com visão de longo prazo.
Desvalorização ou oportunidade?
Um dos efeitos diretos da elevação dos juros é a redução da atratividade dos FIIs frente à renda fixa.
Com títulos públicos e outros ativos conservadores oferecendo retornos mais altos e garantidos, muitos investidores migram suas aplicações, o que pressiona os preços das cotas de fundos imobiliários para baixo.
Contudo, essa queda nos preços não significa, necessariamente, uma deterioração dos fundamentos dos FIIs.
Muitos fundos imobiliários continuam apresentando boas performances operacionais e sendo negociados com descontos expressivos em relação ao valor de seus ativos.
“O mercado acaba sendo impactado pelo cenário macroeconômico de curto prazo, mas a lógica dos FIIs segue sólida”, comenta Leonardo Garcia, analista de research da Trix.
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Pressão sobre os preços das cotas
A valorização da renda fixa faz com que investidores retirem recursos dos fundos imobiliários para alocar em alternativas mais conservadoras.
Isso, por sua vez, intensifica a queda dos preços das cotas, criando um efeito cascata que pode ser mal interpretado pelos investidores menos experientes.
O investidor que observa apenas o desempenho de curto prazo pode se assustar com a desvalorização das cotas, mas para aqueles que analisam o mercado de maneira mais aprofundada, o cenário pode representar uma verdadeira “liquidação” no setor.
Dividendos mais atraentes
Apesar da queda no valor das cotas, um fator positivo para os investidores é que os dividendos distribuídos pelos FIIs se tornam mais atrativos.
Como o preço da cota cai, mas os rendimentos seguem estáveis ou até aumentam, o chamado dividend yield sobe naturalmente.
Isso significa que, para quem busca renda passiva, esse pode ser um excelente momento para aumentar a exposição a FIIs e garantir um fluxo de rendimentos mais elevado, principalmente em fundos que possuam boas estratégias de alocação e gestão eficiente de imóveis.
Setor imobiliário continua resiliente
💲 Outro ponto importante é que, apesar do cenário macroeconômico desafiador, o setor imobiliário como um todo mantém características de resiliência.
Mesmo com juros elevados, muitos fundos imobiliários operam com contratos de longo prazo, o que garante certa previsibilidade de receitas e protege os investidores contra oscilações bruscas no mercado.
Além disso, há segmentos que podem se beneficiar desse cenário. Fundos de papel, por exemplo, que investem em títulos atrelados a juros, podem apresentar ganhos significativos com a Selic mais alta.
Já os fundos de tijolo, que investem diretamente em imóveis, podem encontrar boas oportunidades de aquisição e renegociação de contratos, garantindo maior rentabilidade no futuro.
Oportunidade para quem pensa no longo prazo
📈 Mesmo em um ambiente de juros elevados, os fundos imobiliários continuam sendo uma opção interessante para investidores que desejam diversificar suas carteiras e obter renda passiva.
O momento atual exige cautela, mas também abre oportunidades para aqueles que sabem avaliar os fundamentos e enxergar além das oscilações momentâneas do mercado.
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