SEC aprova ETFs de Bitcoin à vista, entenda
A reguladora do mercado americano autorizou o lançamento de fundos negociados em Bolsa que acompanhem o Bitcoin
A SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, aprovou nesta quarta-feira (10) o lançamento de ETFs de Bitcoin à vista, isto é, fundos negociados em Bolsa que seguirão a cotação do principal representante do mercado de criptoativos.
🪙 A aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos era amplamente esperada pelo mercado e tem impulsionado a cotação da criptomoeda. O Bitcoin (BTC) já subiu quase 10% em 2023, chegando a passar dos US$ 47 mil na segunda-feira (8).
Nesta quarta-feira (10), a moeda é negociada pouco abaixo dos US$ 46 mil, o equivalente a cerca de R$ 226,5 mil. O papel caiu na terça-feira (9) depois que hackers invadiram a conta da SEC no X, ex-Twitter, para anunciar a suposta aprovação dos ETFs de Bitcoin, o que só ocorreu nesta quarta-feira (10).
Preço deve subir
Apesar da invasão hacker ter pressionado a cotação, a expectativa é de que o lançamento de ETFs de Bitcoin à vista impulsionem as negociações e o preço do criptoativo nos próximos meses. Afinal, grandes gestoras vão lançar fundos desse tipo e elas devem comprar Bitcoins para estruturar esses ativos.
A BlackRock é uma das gestoras que pediu aval da SEC para lançar um ETF de Bitcoin à vista e até reduziu as taxas para os primeiros investidores que comprarem o ativo. Gestoras como Ark Invest, Fidelity, Bitwise, Valkyrie e a brasileira Hashdex também prometem entrar no mercado.
📈 Diante dessa corrida, o banco britânico Standard Chartered prevê um significante influxo de capital para o mercado cripto, com a alta do Bitcoin. O banco acredita que a aprovação dos ETFs de Bitcoin pode movimentar de US$ 50 bilhões a US$ 100 bilhões em 2024. Por isso, a projeção do Standard Chartered é de que o Bitcoin seja negociado por volta de US$ 100 mil ao final de 2024 e chegue a US$ 200 mil ao final de 2025.
Como investir?
O ETF de Bitcoin à vista promete facilitar a exposição do investidor comum às criptomoedas. Afinal, os ETFs são fundos negociados em Bolsa. Por isso, quem quer esse tipo de exposição na sua carteira não precisará comprar o Bitcoin em si, apenas cotas dos ETFs que acompanham o criptoativo.
Como os ETFs são negociados em Bolsa, o investidor poderá comprar as cotas do fundo por meio de corretoras e negociá-las no mercado. Vale lembrar, no entanto, que criptoativos podem ser mais voláteis que outros instrumentos disponíveis no mercado. A SEC, por sinal, fez vários alertas sobre o risco de investir nesse tipo de ativo antes de autorizar o lançamento dos ETFs de Bitcoin à vista.
"Ativo especulativo"
Ao aprovar os ETFs de Bitcoin nesta quarta-feira (10), o presidente da SEC, Gary Gensler, reforçou o alerta. Ele disse que "o Bitcoin é principalmente um ativo especulativo e volátil que também é usado para atividades ilícitas, incluindo ransomware, lavagem de dinheiro, evasão de sanções e financiamento do terrorismo".
🗣️ "Embora tenhamos aprovado hoje a listagem e negociação de certos ETFs de Bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos o Bitcoin. Os investidores devem permanecer cautelosos sobre a miríade de riscos associados ao Bitcoin e aos produtos cujo valor está vinculado à criptografia", afirmou o presidente da SEC.
Leia também: Bolsa de valores (B3): Número de investidores cai pela 1ª vez em sete anos
O presidente da SEC já havia alertado sobre os riscos de investir em criptoativos na segunda-feira (8). Ele afirmou que esses investimentos são voláteis e muitas vezes são oferecidos por instituições que não cumprem a lei, o que reduz a proteção e o nível de informação disponível para os investidores.
Já o diretor do Escritório de Educação e Defesa de Investidores da SEC, Lori Schock, publicou um artigo na página oficial da reguladora americana na terça-feira (9) dizendo que pode haver um "risco significativo" em ativos relativamente novos, como criptoativos e tokens.
Proteção ao investidor
🏦 Devido a essa percepção de risco, a SEC também aliou a aprovação dos ETFs de Bitcoin a medidas que tentam garantir a proteção do investidor.
As gestoras que lançarem esses fundos, por exemplo, terão que fornecer "divulgação completa, justa e verdadeira sobre os produtos". Já as bolsas de valores em que serão negociados os ETFs de Bitcoin devem ter regras destinadas a prevenir fraudes e manipulações, que serão monitoradas pela SEC.
Os ETFs também estarão sujeitos às regras de conduta da própria SEC e a reguladora americana "investigará exaustivamente qualquer fraude ou manipulação nos mercados de valores mobiliários, incluindo esquemas que utilizam plataformas de redes sociais", segundo Gary Gensler.
ETFs cripto no Brasil
Apesar de só agora o ETF de Bitcoin à vista ter sito autorizado nos Estados Unidos, ativos como esse já podem ser negociados pelos investidores brasileiros. Segundo dados da B3, 13 ETFs ligados a criptoativos estão registrados no mercado brasileiro.
Entre as opções disponíveis no Brasil, há fundos atrelados ao Bitcoin, mas também ao Ethereum (ETH) e a índices do mercado cripto. Os ETFs ligados a criptomoedas, por sinal, dominaram a lista de ETFs mais rentáveis de 2023 na B3. A categoria ocupou nove posições do top 10. O destaque foi do Hashdex Smart Contract Platforms (WEB311), que rendeu 209,86% em 2023.
BTC
Bitcoin$ 100.488,18
R$ 607,95 K
$ 1,99 Trilhão
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