Renda fixa isenta pode se valorizar quase 50% até 2028; veja retorno no CDI

Investidor10 mostra o quanto o seu dinheiro pode render ao emprestá-lo para bancos ou empresas.

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Publicado em 31/07/2025 às 17:00h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 31/07/2025 às 17:00h Atualizado 2 dias atrás por Lucas Simões
CRAs, CRIs e debêntures incentivadas estão atrativas com Selic a 15% ao ano (Imagem: Shutterstock)
CRAs, CRIs e debêntures incentivadas estão atrativas com Selic a 15% ao ano (Imagem: Shutterstock)

Os investidores de renda fixa mais atentos as oportunidades em 2025 podem conseguir ganhos próximos de +50% nos próximos três anos ao abrirem mão da maior previsibilidade do Tesouro Direto e emprestarem o seu dinheiro diretamente para bancos ou empresas em investimentos isentos da cobrança de imposto de renda.

Em tempos de taxa Selic a 15% ao ano, os títulos de renda fixa atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Bancário) ficam bastante atrativos, embora nos próximos anos esse rendimento caia progressivamente. Mas, até lá, saiba o quanto é possível ganhar com esse tipo de remuneração em comparação com as taxas prefixadas ou juros reais (IPCA+).

O Investidor10 apurou junto ao planejador financeiro Rafael Haddad, do C6 Bank, que caso você empreste R$ 10 mil a uma companhia, adquirindo CRAs, CRIs ou debêntures incentivadas, com remuneração de 93% do CDI, o montante é de R$ 14.262,71 nos próximos três anos.

Tamanho retorno na renda fixa isenta atrelada ao CDI é equivalente a 12,56% ao ano ou o total de +42,63% até 2028, considerando que a expectativa atual é que o CDI remunere 13,51% ao ano nos próximos 36 meses.

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Tipos de renda fixa

Mesmo que esses títulos isentos pagando 93% do CDI superem com folga a rentabilidade da caderneta de poupança, cuja aplicação de R$ 10 mil no banco se transformaria em R$ 12.677,77 até 2028, um lucro de +26,78%, os títulos isentos prefixados oferecem um ganho um pouco superior que o CDI.

Para o especialista do C6 Bank, caso o investidor encontre um CRA, CRI ou debênture incentivada pagando taxa prefixada de 13,50% ao ano, os mesmos R$ 10 mil emprestado a uma empresa gerariam R$ 14.602,04, uma rentabilidade acumulada de +46,02% nos próximos três anos.

Contudo, os títulos isentos atrelados ao CDI conseguem superar a expectativa de retorno na remuneração indexada a inflação até 2028, que nas mesmas condições, traria o saldo de R$ 14.144,38, sob uma taxa de IPCA+ 7,80% ao ano. Logo, o ganho acumulado até 2028 é de +41,44%.

Dessa maneira, o Investidor10 compilou a seguir as simulações de retorno para os principais tipos de renda fixa isentos no mercado, além das três modalidades de remuneração (CDI, Prefixado e IPCA+). Acompanhe:

Poupança

  • Emprestar R$ 10 mil para bancos na caderneta rende R$ 12.677,77 nos próximos três anos. FGC: Sim.

LCAs e LCIs

  • Emprestar R$ 10 mil para bancos em LCAs e LCIs pagando 90% do CDI rende R$ 14.109,20 nos próximos três anos. FGC: Sim.
  • Emprestar R$ 10 mil para bancos em LCAs e LCIs pagando prefixado a 12,40% ao ano rende R$ 14.185,19 nos próximos três anos. FGC: Sim.
  • Emprestar R$ 10 mil para bancos em LCAs e LCIs pagando IPCA+ 6,90% ao ano rende R$ 13.777,59 nos próximos três anos. FGC: Sim.

CRAs, CRIs e debêntures incentivadas

  • Emprestar R$ 10 mil para empresas em CRAs, CRIs e debêntures incentivadas pagando 93% do CDI rende R$ 14.262,71 nos próximos três anos. FGC: Não.
  • Emprestar R$ 10 mil para empresas em CRAs, CRIs e debêntures incentivadas pagando prefixado a 13,50% ao ano rende R$ 14.602,04 nos próximos três anos. FGC: Não.
  • Emprestar R$ 10 mil para empresas em CRAs, CRIs e debêntures incentivadas pagando IPCA+ 7,80% ao ano rende R$ 14.144,38 nos próximos três anos. FGC: Não.

Premissas dos cálculos

  • Selic: 15,03% a.a. (em seis meses); 14,83% a.a. (em um ano); 13,92% a.a. (em dois anos); 13,61% a.a. (em três anos);
  • CDI: 14,93% a.a. (em seis meses); 14,73% a.a. (em um ano); 13,82% a.a. (em dois anos); 13,51% a.a. (em três anos);
  • Poupança: 8,23% a.a. (em seis meses); 8,23% a.a. (em um ano); 8,23% a.a. (em dois anos); 8,23% a.a. (em três anos);
  • Inflação: 4,12% a.a. (em seis meses); 4,44% a.a. (em um ano); 4,25% a.a. (em dois anos); 4,13% a.a. (em três anos).