Reino Unido aprova deportação de imigrantes para Ruanda

Projeto de lei já tramitou pelas duas casas legislativas, agora depende de sanção do Rei Chales 3º

Author
Publicado em 23/04/2024 às 12:12h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 23/04/2024 às 12:12h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

⚖️ O Parlamento do Reino aprovou, nesta segunda-feira (22), um plano para enviar pessoas requerentes de asilo de volta para Ruanda, na África.

Segundo o governo, hoje chefiado por Rishi Sunak, o objetivo é dissuadir potenciais imigrantes de entrarem no país em situação irregular. Ainda de acordo com ele, o foco também é quebrar redes de tráfico que oferecem travessias pelo canal da Mancha.

Nos bastidores, o primeiro-ministro já fez tratativas com companhias aéreas para enviar os imigrantes de volta para a África, além de deixar juízes de prontidão para processar os casos. A imprensa britânica diz que o governo já identificou os primeiros grupos que devem ser enviados.

🚀 Leia também: Coreia do Norte faz 1ª simulação de contra-ataque nuclear

"A partir do momento em que a lei for aprovada, vamos começar o processo para remover [os requisitantes de refúgio] identificados para o primeiro voo. Estamos nos preparando para este momento", afirmou Sunak.

O projeto tramita no Poder Legislativo do Reino Unido desde 2022, quando foi proposto pelo então premiê Boris Johnson. Desde então, passou por uma das duas casas que compõe o Parlamento e, agora, o rito foi finalizado com a derrubada de 8 das 10 emendas propostas pela oposição.

O texto agora segue para sanção do rei Charles 3º.

Quase 1 milhão de imigrantes

Segundo dados divulgados pelo governo britânico, entre junho de 2022 e junho de 2023, o país recebeu mais de 970 mil imigrantes de outros continentes. O número cresce com a chegada de pessoas vindo de países da Europa.

No último censo de refugiados da ONU, divulgado em 2019, o Reino Unido ocupava o quinto lugar na lista de países com as maiores populações de imigrantes no mundo. Este, inclusive, foi um dos motivos que levou o governo britânico a pedir saída da União Europeia, no acordo que ficou conhecido como Brexit, em 2020.