Por que a renda fixa está em queda antes da Selic subir para 14,25% ao ano?
Entenda qual é a razão para as taxas dos prefixados no Tesouro Direto estarem bem abaixo dos 15% ao ano, segundo analista.

🤑 Quem busca as melhoras oportunidades de investimento em renda fixa brasileira já deve ter notado que o Tesouro Direto vem pagando menos juros compostos desde o final de fevereiro até esta terça-feira (18), em especial, os prefixados, que andam bem abaixo dos rendimentos de 15% ao ano.
Embora o Banco Central esteja prestes a subir a taxa Selic dos atuais 13,25% ao ano para o patamar de 14,25% ao ano, conforme decisão esperada durante a Super Quarta, as taxas de rentabilidade dos títulos públicos prefixados acumulam intensa queda no mês.
Por exemplo, só o Tesouro Prefixado 2032 viu a sua taxa de remuneração cair da máxima de 15,25% ao ano no último dia 28 de fevereiro para os atuais 14,49% ao ano.
Consequentemente, os investidores puderam apreciar ganhos com marcação a mercado. Isso porque o preço unitário do Tesouro Prefixado 2032 saltou de R$ 381,48 para R$ 401,16, uma valorização de +5,16% em menos de um mês.
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Renda fixa já bateu as máximas em 2025?
Mas, por que será que as taxas da renda fixa estão em queda e destravando lucros com marcação a mercado antes da já contratada elevação da taxa básica de juros? A resposta tem a ver com o apetite dos investidores.
Para o analista Rafael Passos, da Ajax Asset, os grandes bancos e gestoras de fortunas têm comprado integralmente todos os títulos públicos do tipo Tesouro Prefixado no âmbito dos leilões do Tesouro Nacional, e olha que o governo brasileiro triplicou a oferta.
Somente no leilão de prefixados da semana passada, os investidores emprestaram R$ 23 bilhões aos cofres públicos, apesar do Tesouro Nacional ter elevado a oferta de prefixados de 9 para 27 milhões de títulos públicos, aproveitando a derrocada dos juros compostos da renda fixa, com ênfase para os vencimentos superiores a cinco anos.
Ou seja, isso pode sinalizar que boa parte do mercado já esteja travando boas taxas de rentabilidade no Tesouro Direto, já que os juros compostos acima de 15,00% ao ano e 14,50% ao ano podem não durar muito mais tempo quando o Banco Central começar a traçar o caminho inverso e reduzir a taxa Selic gradativamente.
🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 18 de março de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 6,85 (Rentabilidade: 14,46% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 3,94 (Rentabilidade: 14,74% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 7,89 (Rentabilidade: 14,75% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 161,70 (Rentabilidade: Selic + 0,0539% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 160,75 (Rentabilidade: Selic + 0,1160% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 32,86 (Rentabilidade: IPCA + 7,62% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,37% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 7,65 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,65 (Rentabilidade: IPCA + 7,61% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,03 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 37,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 16,82 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 11,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 8,51 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,32 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,15 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 35,09 (Rentabilidade: IPCA + 7,71% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 32,64 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 30,31 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 28,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 26,18 (Rentabilidade: IPCA + 7,66% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 24,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,63% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 22,69 (Rentabilidade: IPCA + 7,60% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 21,17 (Rentabilidade: IPCA + 7,56% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 19,75 (Rentabilidade: IPCA + 7,52% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 18,46(Rentabilidade: IPCA + 7,48% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 17,26 (Rentabilidade: IPCA + 7,44% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 16,13 (Rentabilidade: IPCA + 7,41% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 15,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 14,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 13,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 12,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 11,33 (Rentabilidade: IPCA + 7,37% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 10,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)

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