PL que incentiva a volta da Bolsa de Valores do RJ é aprovado

A BVRJ encerrou suas atividades no final da década de 1990 após escândalos financeiros.

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Publicado em 26/06/2024 às 09:10h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 26/06/2024 às 09:10h Atualizado 5 dias atrás por Elanny Vlaxio
A futura bolsa ATG buscaria aumentar o volume de negociações no mercado brasileiro (Shutterstock)
A futura bolsa ATG buscaria aumentar o volume de negociações no mercado brasileiro (Shutterstock)

Na última terça-feira (25), o PL (Projeto de Lei) 3274/2024 que incentiva a volta da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi aprovado. O texto possibilitou modificações no Código Tributário do Rio visando estimular a instalação de uma nova bolsa de valores na cidade.

📊 Em suas redes sociais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes brincou dizendo "Faria Lima, a festa está acabando". Ele ainda mencionou o perfil "Faria Lima Elevator", que publica posts engraçados sobre o mercado financeiro no país. "E o beach tennis aqui é na praia de verdade hein...Ah! E prometo não mandar um Nagi Nahas [sic] para aí!", disse Paes. 

No início deste mês, o prefeito enviou a proposta à Câmara de Vereadores da capital fluminense. De acordo com o político, o objetivo é facilitar a recriação da Bolsa de Valores do RJ. O PL propõe a redução da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre as atividades da bolsa de valores, como incentivo ao retorno do mercado de ações carioca.

📉 Vale citar que a BVRJ encerrou suas atividades no final da década de 1990 após escândalos financeiros envolvendo o mega-investidor Naji Nahas.

E o que vem depois? 

Em março deste ano, o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", informou que o Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, planejava estabelecer uma nova bolsa de valores no Brasil, com sede no Rio de Janeiro. 

💲 Segundo apurações do jornal Valor, com investimentos do Mubadala, o ATG (Americas Trading Group), especializado em sistemas eletrônicos de negociação de ações, aguardava autorização das autoridades do mercado de capitais para iniciar suas operações.

De acordo com as empresas, a futura bolsa ATG buscaria aumentar o volume de negociações no mercado brasileiro sem competir diretamente com a B3, atualmente a única bolsa de valores autorizada a operar no país.

Com a mira no segundo semestre de 2025, a nova bolsa de valores do Rio de Janeiro se prepara para iniciar suas operações, abrindo as portas para a negociação de ações, derivativos, câmbio e commodities. A iniciativa, possivelmente liderada por Claudio Pracownik, figura do mercado financeiro brasileiro, promete diversificar o cenário e impulsionar a competitividade.