Petrobras (PETR4) pode enviar sonda à Foz do Amazonas nos próximos dias

Segundo fontes, o navio-sonda que será usado na operação deve estar pronto para partir até o fim de maio.

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Publicado em 20/05/2025 às 16:59h - Atualizado Agora Publicado em 20/05/2025 às 16:59h Atualizado Agora por Matheus Silva
A Petrobras agora se prepara para realizar uma simulação de resgate da fauna (Imagem: Shutterstock)
A Petrobras agora se prepara para realizar uma simulação de resgate da fauna (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Petrobras (PETR4) está próxima de iniciar uma das operações mais controversas dos últimos anos: a perfuração de poços na Bacia da Foz do Amazonas, uma região considerada estratégica para o futuro da produção nacional de petróleo, mas também marcada por forte sensibilidade ambiental.

Segundo três fontes ouvidas pela agência Reuters, o navio-sonda que será usado na operação deve estar pronto para partir até o fim de maio, com destino à costa do Amapá, após a conclusão dos trabalhos de limpeza de corais da estrutura.

Após a liberação do conceito do plano de emergência pela equipe técnica do Ibama, a Petrobras agora se prepara para realizar uma simulação de resgate da fauna, último passo necessário antes da concessão da licença de perfuração.

O trajeto entre o Rio de Janeiro e o litoral amapaense deve levar entre 20 e 30 dias, o que colocaria a estatal em condições logísticas de iniciar a simulação ainda em junho, embora a data exata dependa de alinhamento com o órgão ambiental.

Contudo, segundo uma fonte do próprio Ibama, é pouco provável que a simulação aconteça no próximo mês, já que será necessário mobilizar equipes especializadas e deslocar servidores de outras funções. “Será difícil viabilizar isso em junho”, disse a fonte à Reuters.

Embate ambiental segue em aberto

Apesar do avanço técnico, a resistência dentro do Ibama permanece. Um documento assinado por servidores do órgão em fevereiro aponta que o plano de resgate da fauna marinha da Petrobras possui apenas uma “remota possibilidade de sucesso”.

A região é alvo de forte preocupação de ambientalistas por abrigar extensos recifes de corais e comunidades indígenas costeiras.

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Em 2023, o Ibama já havia negado um pedido da Petrobras para perfuração no local, alegando riscos ambientais elevados.

A negativa gerou divisões dentro do próprio governo federal, entre alas que defendem a preservação da Amazônia Azul e grupos políticos e econômicos que pressionam por uma nova fronteira de exploração petrolífera no país.

Pressa da estatal

📊 Internamente, a Petrobras considera a Foz do Amazonas como uma aposta estratégica para diversificação da produção nacional.

Caso obtenha a licença, a empresa poderá iniciar testes exploratórios ainda no segundo semestre de 2025, com potencial para identificar novas reservas em águas ultraprofundas.

A estatal e o Ibama não comentaram oficialmente o assunto até o momento.

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