OMS anuncia novo surto de doença e declara “emergência internacional”; entenda
O mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, é uma doença infecciosa causada pelo vírus mpox.
🏥 O mundo se vê novamente diante de um surto de mpox, uma doença que, apesar de ter sido controlada em alguns momentos, volta a emergir com força, particularmente na África.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recentemente o novo surto de mpox como uma "emergência de saúde pública de interesse internacional", o que sublinha a gravidade da situação.
Mas o que exatamente é o mpox? Como ele se espalha e quais são as implicações deste novo surto para o mundo? Vamos explorar essas questões em detalhes.
O que é o Mpox?
O mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, é uma doença infecciosa causada pelo vírus mpox. Esse vírus pertence à mesma família da varíola, mas, historicamente, tem sido menos agressivo.
Originalmente, o mpox era transmitido de animais para humanos, mas a doença evoluiu e hoje também se espalha entre pessoas.
A doença é endêmica em algumas regiões da África, particularmente em vilarejos remotos nas florestas tropicais da África Central e Ocidental.
O principal grupo afetado são crianças menores de 15 anos, que frequentemente vivem em condições de desnutrição e enfrentam outras doenças infecciosas, como cólera e sarampo.
Existem duas principais cepas do vírus que circulam atualmente: a Clade I, que é endêmica na África Central, e a Clade Ib, uma nova variante mais virulenta que está causando grande preocupação devido à sua alta taxa de mortalidade.
Como o Mpox se Espalha?
Tradicionalmente, o mpox se espalhava através do contato próximo com animais infectados ou consumo de carne contaminada.
No entanto, o surto recente demonstrou que o vírus pode ser transmitido entre humanos de maneira mais eficaz do que antes.
O contato próximo, como o toque em lesões cutâneas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, é a principal forma de transmissão.
Além disso, o mpox pode ser transmitido por gotículas respiratórias em ambientes fechados e mal ventilados, o que aumenta o risco de disseminação em comunidades densamente povoadas.
Pessoas sexualmente ativas, especialmente homossexuais, estão entre os grupos mais afetados, assim como profissionais de saúde que tratam pacientes infectados.
Sintomas e Complicações
🩸 Os sintomas do mpox começam de forma semelhante a muitas outras infecções virais: febre, dores de cabeça, dores musculares e aumento dos gânglios linfáticos.
No entanto, o que diferencia o mpox é o desenvolvimento de erupções cutâneas características que podem surgir no rosto, mãos, pés, peito, boca ou genitais.
Essas erupções podem ser dolorosas e, em casos graves, podem se espalhar por todo o corpo, incluindo áreas sensíveis como a boca e os olhos.
Embora a maioria das infecções desapareça sozinha em duas a três semanas, casos graves podem levar à morte, especialmente entre crianças e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.
A Situação Atual na África e no Mundo
O surto atual tem sido particularmente devastador na República Democrática do Congo, onde mais de 14 mil casos foram registrados apenas este ano, resultando em mais de 524 mortes.
A variante Clade Ib, envolvida neste surto, é notavelmente mais mortal, com uma taxa de mortalidade de cerca de 3%, significativamente superior à taxa de 0,2% observada no surto global de 2022.
A situação na África é agravada por vários fatores, incluindo sistemas de saúde fragilizados, falta de acesso a vacinas e tratamentos, e a prevalência de outras doenças infecciosas.
A OMS e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África têm feito apelos urgentes para a mobilização de recursos internacionais para ajudar a conter a disseminação do vírus e tratar os infectados.
A Resposta Global e os Desafios
Diante dessa nova emergência, a OMS classificou o surto como uma "emergência de saúde pública de interesse internacional".
Isso não apenas visa mobilizar os países para preparar suas infraestruturas de saúde, mas também incentivar a partilha de vacinas, tratamentos e outros recursos essenciais, especialmente com as nações mais pobres.
No entanto, a resposta global enfrenta desafios significativos. As vacinas contra o mpox existem, mas sua disponibilidade é limitada e geralmente são administradas apenas a pessoas em risco ou que tiveram contato próximo com infectados.
A OMS tem solicitado às farmacêuticas que submetam suas vacinas para uso emergencial, mesmo sem aprovação formal, em uma tentativa de ampliar o acesso a essas vacinas em áreas críticas.
O Cenário Brasileiro
No Brasil, o mpox teve um pico significativo em agosto de 2022, com mais de 40 mil casos registrados. No entanto, graças aos esforços de vacinação e conscientização, o número de casos caiu drasticamente para cerca de 400 em agosto de 2023.
Em 2024, o maior número de casos foi registrado em janeiro, com mais de 170 casos, enquanto, em agosto, a média de novas infecções se manteve entre 40 e 50.
O Ministério da Saúde brasileiro considera o número atual de casos como "modesto, embora não desprezível", e continua a monitorar a situação de perto.
O Brasil ainda não enfrenta um cenário alarmante como o da África, mas as autoridades estão em alerta para prevenir um possível aumento abrupto de casos.
Conclusão
💉 O novo surto de mpox é uma preocupação global que exige uma resposta coordenada e eficaz.
Embora a doença tenha sido controlada em algumas regiões, o surgimento de novas cepas mais virulentas e a disseminação contínua em áreas vulneráveis destacam a necessidade de vigilância contínua, acesso ampliado a vacinas e tratamentos, e uma resposta global coordenada.
A história do mpox nos lembra que, em um mundo globalizado, as doenças infecciosas podem se espalhar rapidamente, ignorando fronteiras e desafiando sistemas de saúde.
A colaboração internacional e a solidariedade são essenciais para enfrentar não apenas o mpox, mas futuras ameaças à saúde pública global.
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Dividendos em dólar: Quais setores do S&P 500 pagarão mais em 2025?
BTG Pactual estima quais serão os patamares de dividend yield no índice acionário das 500 maiores empresas dos EUA
Ações pagadoras de dividendos em dólar para aproveitar ainda em 2024
Analistas de Wall Street esperam crescimento dessas empresas no próximo ano; veja lista
Pai de todos os indicadores de economia no mundo rouba a cena na semana
Payroll nos EUA sairá nesta sexta-feira (4), dando pistas sobre ciclo de corte de juros
Selic a 11,25%: Quanto rendem R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil no Tesouro Selic
Banco Central decide novo rumo da taxa Selic no dia 6 de novembro; renda fixa com liquidez diária pagará mais juros compostos
Qual é o melhor investimento em outubro e em 2024? Veja lista
Einar Rivero, sócio da Elos Ayta Consultoria, revela quais investimentos acumulam o desempenho mais positivo e aqueles que estão no negativo