Oferta de petróleo deve ser maior que demanda em 2025

Economia chinesa está intrinsicamente ligada a esse fenômeno

Author
Publicado em 21/10/2024 às 13:50h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 21/10/2024 às 13:50h Atualizado 3 dias atrás por Wesley Santana
Barris de petróleo são vendidos por menos de US$ 70 (Imagem: Shutterstock)
Barris de petróleo são vendidos por menos de US$ 70 (Imagem: Shutterstock)

⛽ Poderiam os preços do petróleo cair ao redor do mundo? A reposta é sim, segundo a Agência Internacional de Energia. A entidade prevê que a oferta de óleo em 2025 será maior que a demanda, o que, no fim, pode gerar uma queda nos preços.

O principal motivo para este resultado está relacionado à economia chinesa que deve permanecer com um desempenho fraco no próximo ano. Além disso, o país caminha para eletrificar a frota de veículos, o que pode gerar ainda mais preço sobre o preço do chamado ouro negro, preveem os analistas.

Desde o começo da década, a nação asiática tem sido a maior responsável pelo crescimento da demanda global por combustível. Calcula-se que 60% do movimento de alta esteja ligado a ela.

🌱 Leia mais: PIB do agronegócio deve tombar em 2024, mas tem ação na B3 salva

Atualmente, os barris de petróleo custam cerca de US$ 70 no mercado internacional, já contando com uma baixa de 7% que registaram no acumulado dos últimos sete dias. Esse fenômeno de queda é visto com curiosidade pelos analistas, considerando que o Oriente Médio, um dos maiores responsáveis pela extração do material, enfrentas tensões crescentes.

"Olhando para o futuro, espera-se que o crescimento econômico da China permaneça bem apoiado. No entanto, os ventos contrários no setor imobiliário e a crescente penetração de caminhões e veículos elétricos a GNL provavelmente pesarão sobre a demanda por diesel e gasolina no futuro", destaca o último relatório da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Aumento adiado

⏳ No mês passado, os países que compõe a Opep+ acordaram em adiar o aumento da produção de petróleo previsto para este mês de outubro. O principal fator que fez o grupo chegar a essa decisão foi justamente a queda dos preços no mercado internacional.

Os representantes da Opep+, liderados pela Rússia, devem se reunir em dezembro para avaliar se o aumento será feito ou não. A perspectiva de demanda enfraquecida para 2025 deve ser uma preocupação para o grupo de países que têm uma economia baseada na exportação do óleo.